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Postado às 16h30 | 24 Fev 2022 | Redação Com 12,7% desemprego, RN registra menor taxa desde o início da pandemia

Crédito da foto: Extraída da internet O RN tem a 11ª maior taxa de desocupação do país, porém a 3ª menor do Nordeste

A taxa de desocupação do RN nos meses de outubro a dezembro de 2021 ficou em 12,7%, o que significa o menor valor desde o início da pandemia de Covid-19 no primeiro trimestre de 2020. Além disso, foi uma diminuição em relação ao trimestre anterior (14,7%). Em comparação ao mesmo trimestre de 2020, a taxa de desocupação potiguar registrou uma diminuição de quase 3 pontos percentuais.

O RN tem a 11ª maior taxa de desocupação do país, porém a 3ª menor do Nordeste. Enquanto Santa Catarina (4,3%) e Mato Grosso (5,9%) estão em melhor situação no mercado de trabalho do país, Amapá (17,5%) e Bahia (17,3%) têm os piores índices. Ademais, não houve aumento em nenhuma unidade federativa do país.

Em números absolutos, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua estima que a força de trabalho potiguar é de 1,53 milhão de pessoas, sendo 1,34 milhão de pessoas ocupadas e 194 mil desocupadas no último trimestre. Com isso, o número de desocupados teve queda tanto na comparação com o trimestre anterior (-12,2%), quanto no mesmo período do ano passado (-17,4%).

São consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.

A pesquisa traz também informações sobre a força de trabalho potencial, que engloba os desalentados e os indisponíveis. De outubro a dezembro de 2021, havia 228 mil pessoas neste contingente, sendo 152 mil desalentadas e 76 mil indisponíveis.  No geral, observa-se uma redução da força de trabalho potencial em relação ao trimestre anterior (-11%), reflexo da saída de cerca de 18 mil pessoas do desalento. Quando considerado o mesmo período do ano anterior, a queda no número de desalentados foi de 63 mil pessoas (-29%).

São considerados desalentados aqueles que não estavam trabalhando nem procuraram emprego nos últimos 30 dias, mas que declararam ter interesse e disponibilidade para trabalhar na semana em que foram entrevistadas. Entre os indisponíveis estão aqueles que, embora tenham declarado interesse em trabalhar, não teriam condições de assumir uma vaga na semana anterior à que foram entrevistados por motivos diversos, como: estudo, afazeres domésticos e cuidado de filhos ou dependentes.

RN tem maior rendimento médio do Nordeste

Estimado em 1.945 reais, o rendimento médio real habitualmente recebido por mês no estado potiguar permaneceu como o maior da região Nordeste durante todos os trimestres de 2021 pela primeira vez nos últimos 5 anos.

Com o incremento de 50%, aqueles que trabalharam sem remuneração ajudando a atividade econômica de membro do domicílio ou de parente tiveram, no 4º trimestre de 2021, a maior variação entre as categorias de trabalho. As demais (empregados, empregadores e trabalhadores por conta própria) não registraram variações significativas no estado.

No estado, dos 2,89 milhões de potiguares com 14 anos de idade ou mais, 1,34 milhão está ocupado. Isso significa que o nível de ocupação no Rio Grande do Norte é de 46,3%, um aumento de 2% em relação ao trimestre anterior. Este indicador é a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade laboral (14 anos ou mais).

A taxa de participação na força de trabalho, que mede a proporção das pessoas ocupadas e desocupadas em relação à população em idade de trabalhar, foi de 53%. As mudanças no nível de ocupação e taxa de participação na força de trabalho não são estatisticamente relevantes e, por isso, permanecem estáveis.

Dentre os potiguares ocupados no 4º trimestre de 2021, 21,2% tinham como trabalho principal atividades relacionadas ao comércio. A participação da administração pública foi de 20,8%. Na sequência, vêm as atividades de agricultura; informação e comunicação, ambas com 10%; e indústria 8,9%.

Importante destacar o crescimento de cerca de 19 mil vagas no setor de outros serviços, saindo de 58 mil ocupados no trimestre anterior para 77 mil no 4º trimestre deste ano.

Subutilização da força de trabalho diminui

A taxa composta de subutilização considera as pessoas desocupadas, as subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e a força de trabalho potencial (indisponíveis e desalentados). No RN, essa taxa foi de 32%, houve uma redução de 4,7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior

A Força de Trabalho Ampliada e o Mercado de Trabalho

A força de trabalho ampliada é a junção da força de trabalho com a força de trabalho potencial. É utilizada para evidenciar a subutilização da força de trabalho no mercado, na medida em que também engloba o contingente da força de trabalho potencial. Inclui, portanto, os trabalhadores plenamente ocupados (1,2 milhão), os subocupados por horas insuficientes (141 mil), os desempregados (194 mil), os desalentados (152 mil) e os indisponíveis (76 mil). No total, 1,75 milhão de potiguares faziam parte da força de trabalho ampliada.

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