Suporte de triagem, avaliação cardiológica pediátrica, ecocardiograma e atendimento multiprofissional com psicólogos, assistentes sociais, cardiologistas e enfermeiros. Com essa estrutura, a caravana RN+ Coração na Estrada atendeu 308 crianças, identificou 27 pacientes com indicação para cirurgia e acolheu outros 26 com necessidade de reavaliação cirúrgica. A caravana passou por Natal, Macaiba, São José do Mipibu, Currais Novos, Pau dos Ferros e Mossoró, entre o dia 10 e 21 de junho.
O RN+ Coração é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), em parceria com a Associação Amigos do Coração da Criança (Amico) e traz o lema: "Vamos aonde bate um pequeno coração”. A iniciativa conta ainda com o apoio do INCOR Natal, Hospital Rio Grande e Círculo do Coração de Pernambuco.
"O projeto é fruto da parceria do Governo com a Amico e é fundamental para fortalecer a capacitação na área da cardiologia e avançar na atenção às crianças oportunizando a cirurgia cardíaca feita no Estado para que a criança não tenha o seu desenvolvimento comprometido, salvando vidas", disse o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia.
A parceria não se encerra com os mutirões. Estão sendo capacitados médicos pediatras, neunatologistas e profissionais enfermagem para avaliações de triagem neonatal. Eles darão continuidade ao trabalho nas maternidades dos municípios através do projeto.
"O RN+ Coração é uma forma de levar atendimento nos lugares em que se tem pouca ou quase nenhuma assistência e assim conseguir identificar possíveis casos de cardiopatia congênita para reverter e salvar vidas, dando suporte para a família e condições de tratamento para as crianças", disse Raimundo Amorim, cardiologista pediátrico e coordenador do projeto através da Amico.
Cardiopatia congênita
No Brasil, para cada mil nascidos vivos de oito a dez bebês nascem com algum tipo de cardiopatia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, são registrados anualmente cerca de 30 mil novos casos de cardiopatia no país. Cerca de 20% terão cura espontânea e os demais provavelmente necessitarão de uma ou mais cirurgias cardíacas em algum momento da vida. A média nacional de crianças que conseguem um diagnóstico e tratamento se aproxima de 30%. No RN, cerca de 400 crianças nascem com más formações cardíacas. No Rio Grande do Norte são feitas cerca de 200 cirurgias ao ano.
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