A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta sexta-feira (15) o novo boletim epidemiológico das hepatites virais no Rio Grande do Norte. De acordo com os dados compilados pela subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Sesap, de janeiro a abril de 2022 foram notificados 52 casos de hepatites virais no, revelando um aumento de 36,9% nas notificações em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 38 casos.
O documento apresenta os dados da última década e aponta que entre 2011 e 2021 o estado apresentou 2.572 casos confirmados de hepatites virais, sendo 741 de hepatite A, 678 de hepatite B, 1.135 de hepatite C e 18 casos com mais de uma etiologia.
Nesse período houve uma redução de 97,6% na identificação de casos de hepatite A e de 36,6% nos casos de hepatite B. Já a hepatite C teve crescimento de 13,4% no registro de casos.
Julho Amarelo
A Sesap também emitiu uma nota de mobilização com relação ao Julho Amarelo. O documento traz orientações com relação à realização de testes, tratamentos e cuidados necessários.
A campanha Julho Amarelo foi instituída no Brasil em 2019 com objetivo de reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. Os sintomas podem aparecer na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, causadas por diferentes vírus que provocam alterações no fígado. No Brasil, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Geralmente, as pessoas não apresentam sintomas e desconhecem ter a infecção, tornando-se portadoras dos vírus B ou C. O avanço da infecção pode causar danos mais graves ao fígado, como a cirrose e o câncer.
A transmissão acontece pelo contágio fecal-oral, especialmente em locais com condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos; pela relação sexual desprotegida; pelo contato com sangue contaminado, da mãe para o filho durante a gravidez (transmissão vertical), e por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados, esta última considerada rara.
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