A Secretaria de Estado da Saúde Pública divulgou na terça-feira, o mais recente boletim epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 32, encerrada em 13 de agosto
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta terça-feira (23), o mais recente boletim epidemiológico das arboviroses no Rio Grande do Norte, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 32, encerrada em 13 de agosto de 2022. O boletim traz um panorama do cenário epidemiológico das arboviroses até o momento.
No que diz respeito à dengue, foram notificados, até a Semana Epidemiológica 32, 45.142 casos de dengue no RN, dos quais 7.512 foram confirmados, 38.109 casos considerados prováveis, 7.033 descartados, 9 óbitos confirmados e 21 em processo de investigação. A incidência apresentada foi de 1070,21 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Com relação à Chikungunya, foram notificados no RN, até a Semana Epidemiológica 32, 15.605 casos da doença, sendo confirmados 2.798 casos, 12.681 casos considerados prováveis, 2.925 descartados e dois óbitos confirmados. A incidência foi de 356,12 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Já no que diz respeito à Zika, entre a semana epidemiológica 1 e 32 de 2022 no RN, foram notificados 6.553 casos da doença, sendo confirmados 468 casos, 4.167 casos considerados prováveis, 2.386 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 117,02 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Com relação a casos de Zika em gestante, houve 20 casos confirmados em 2022, por critério laboratorial. O quantitativo de casos de Zika em gestantes é destacado na análise do cenário epidemiológico, devido à ocorrência de síndromes congênitas associadas ao Zika Vírus.
Análise do cenário epidemiológico
Segundo a responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue, Sílvia Dinara, o registro de casos prováveis de dengue e Chikungunya de 2022, comparado ao de 2021, apresentou um aumento significativo. Quanto à dengue, observa-se uma curva epidêmica crescente a partir da 6ª semana, com pico na 20ª semana epidemiológica, que decresce até a 32ª semana.
A curva epidêmica da Chikungunya tem comportamento parecido, com maior quantidade de casos prováveis registrados entre a 21ª e 23ª, assumindo, em seguida, uma curva decrescente. Tais comportamentos evidenciam o fim da situação de epidemia de dengue e Chikungunya no RN.
Ressalta-se que a dengue, Chikungunya e o Zika Vírus representam as principais arboviroses no estado, devido às condições ambientais proporcionadas, elas são doenças causadas por diferentes vírus e que tem como principal veículo de transmissão o mosquito Aedes aegypti. Esse grupo de doenças configura-se como um sério problema de saúde pública, pois possui grande potencial de dispersão e possibilidade de causar epidemias.
“Atualmente, o Rio Grande do Norte anuncia o fim de uma epidemia de arboviroses, assumindo o estado de endemia, pois as arboviroses continuam sendo recorrentes, no entanto, sem aumentos significativos nos números de casos. Todavia, é necessário que as medidas de controle e prevenção continuem sendo adotadas, pois o enfrentamento das arboviroses exige envolvimento de diversos setores da sociedade, destacou Sílvia Dinara.
Prevenção
A Sesap reforça, junto à população, os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses:
• Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;
• Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;
• Não coloquem lixo em terrenos baldios;
• Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;
• Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;
• Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;
• Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;
• Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.
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