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Postado às 10h15 | 17 Set 2022 | Redação Chega a 60 número de casos confirmados da doença no RN

Crédito da foto: Dado Ruvic/Reuters O maior número de casos é registrado em Natal. A capital potiguar soma 32

Edinaldo Moreno/Da Redação

A última atualização do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Rio Grande do Norte (CIEVS/RN) aponta que chegou a 60 o número de casos confirmados de Monkeypox, conhecida como varíola dos macacos, no território potiguar. Ao todo, 11 cidades registraram ao menos uma confirmação para a doença até o momento.

De acordo com o mais recente levantamento, o maior número de casos foi registrado em Natal. A capital potiguar contabiliza 32 casos. A última parcial também aponta que Parnamirim soma 13 casos confirmados.

Mossoró, Extremoz e São Gonçalo do Amarante têm três casos confirmados cada. Os demais municípios com casos são: Doutor Severiano (1), Equador (1), Espírito Santo (1), Goianinha (1), Jandaíra (1) e Parelhas.

O maior número de casos ocorreu na população do sexo masculino. Dos 60 casos confirmados até o momento, 45 deles foram em homens. Os outros 15 foram registrados em mulheres.

No momento, o Rio Grande do Norte tem 65 casos suspeitos. Eles estão distribuídos por 18 cidades. São elas: Natal (21), Parnamirim (13), Jandaíra (8), Parelhas (4), Mossoró (3), São Gonçalo do Amarante (3), Tibau (2), Bom Jesus (1), Caicó (1), Canguaretama (1), Extremoz (1), Lajes (1), Nísia Floresta (1), Nova Cruz (1), Riachuelo (1), Santa Cruz (1), São Rafael (1), Sítio Novo (1) e Tibau do Sul (1). Há também um caso suspeito contabilizado no RN de Portugal.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) segue trabalhando em cooperação com os municípios do Rio Grande do Norte em ações de mitigação e contenção dos casos de Monkeypox no estado.

Disse que por meio de suas equipes de vigilância epidemiológica e de atenção primária à saúde, a Sesap segue em constante contato com as secretarias municipais, em trabalho conjunto no manejo de casos, rastreio de contatos e auxílio técnico, mantendo ativa a rede de hospitais referência para atender os casos suspeitos e confirmados.

A Sesap também destaca que acompanha de perto, junto às equipes de saúde prisional, os casos suspeitos e confirmado em estabelecimentos prisionais do RN, especificamente em Parnamirim e Caicó, orientando o isolamento e tratamento dos internos.

PLANO DE CONTINGÊNCIA ESTADUAL

Em virtude do aumento de casos confirmados e expansão da doença para cidades de menor porte, a equipe técnica da Sesap está atualizando o Plano de Contingência Estadual, orientando também que as secretarias municipais construam seus planos de ação com base no documento estadual.

O documento lançou recentemente a primeira versão do Plano de Contingenciamento da Monkeypox no território potiguar. A Sesap explica que o plano deve ser avaliado e revisado sempre que estiverem disponíveis novas evidencias cientificas, visando reunir informações necessárias para a tomada de decisão dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).

A pasta estadual ressalta que o plano pretende orientar os serviços de saúde do estado sobre a necessidade de implementar medidas de preparação e resposta com base na prevenção e controle da transmissão da doença.

O plano detalha desde os níveis de resposta aos casos, a definição necessária para identificar a doença, passando por procedimentos epidemiológicos e de rastreamento de contatos, atos de precaução, até as medidas de resposta, como orientações para isolamento domiciliar, tratamento e acesso aos serviços de saúde.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A transmissão para humanos pode ocorrer através do contato com um animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus. A transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias.

O período de incubação da varíola dos macacos pode variar de 5 a 21 dias. O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias com sintomas que incluem febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), dor nas costas, mialgia (dor muscular) e astenia intensa (falta de energia).

O estágio febril é seguido pelo estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas. As lesões evoluem de máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões dolorosas firmes elevadas).

RN continua sendo o quarto estado nordestino com o maior número de casos

Os dados mais recentes publicados pelo CIEVS/RN mostram que o Rio Grande do Norte continua sendo o quarto estado do Nordeste com o maior número de casos confirmados de varíola dos macacos.

A unidade federativa com o maior número na região é o Ceará. No total são 185. O segundo é a Bahia, com 101 casos. Logo atrás vem Pernambuco, com 96. Atrás do Rio Grande do Norte estão pela ordem: Paraíba (17), Maranhão e Alagoas, ambos com (10), Piauí (7), e Sergipe (3) casos.

A última atualização aponta que o Brasil soma 6.649 casos de varíola dos macacos. São 5.839 casos suspeitos. O país registrou até o momento 02 óbitos. Eles ocorreram em Minas Gerais e Rio de Janeiro.

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