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Postado às 15h15 | 01 Mar 2023 | Redação Rio Grande do Norte registra melhor taxa de desocupação dos últimos nove anos

A taxa de desocupação do último trimestre (outubro, novembro e dezembro) de 2022 foi de 9,9%, estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior (que foi de 10,5%), mas apresentando queda quando comparada ao mesmo trimestre de 2021 (12,7%)

Crédito da foto: Arquivo/EBC Taxa de desocupação no RN apresenta tendência de queda

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última terça-feira (28) os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) trimestral. De acordo com o órgão, a taxa de desocupação no Rio Grande do Norte apresenta tendência de queda e registrou o melhor trimestre desde o 4º trimestre de 2013. O levantamento traz indicadores de trabalho e rendimento para o 4º trimestre (outubro-novembro-dezembro) de 2022, com informações sobre estados, regiões metropolitanas e capitais.

O IBGE informou que a taxa de desocupação no território potiguar foi de 9,9%, estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior (que foi de 10,5%), mas apresentando queda quando comparada ao mesmo trimestre de 2021 (12,7%). Ainda assim, esse valor representa a 10ª maior taxa de desocupação do país, em ranking liderado pela Bahia (13,5%). No 4º trimestre de 2013 o índice ficou em 9,8%.

Em números absolutos, essa taxa representa cerca de 153 mil pessoas que não conseguiram atividade laboral no estado, uma diminuição de cerca de 10 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano de 2021 (194 mil), há uma queda de 21,1%.

São consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.

A PNADC também permite verificar a situação da desocupação em diferentes grupos, permitindo indicar outros tipos de desigualdades presentes no território. Uma delas é a de gênero. Entre os homens, a taxa de desocupação foi de 9,3%, enquanto entre as mulheres foi de 10,8%. A diferença na taxa de desocupação entre os gêneros apresentou redução em relação ao trimestre anterior quando a taxa para eles foi de 9,2% e, para elas, de 12,3%.

A taxa de desocupação também é diferente quando se observa a cor ou raça da população. No RN, esse indicador foi de 8,8% para pessoas brancas, 7,7% para pessoas pretas e 11% para pessoas pardas. Em números absolutos, são 48 mil pessoas brancas desocupadas, ao passo que pretos e pardos somam 103 mil.

Em termos de escolaridade, a desocupação no RN é de 8,4% para quem não tem instrução ou tem até 1 ano de estudo; de 10,3% para aqueles com ensino fundamental completo; 11,8% entre as pessoas com ensino médio completo e 4,4% para os que possuem diploma de ensino superior. Ademais, do contingente de 153 mil desocupados, cerca de 131 mil (86%) têm até o ensino médio completo como maior nível de instrução (ou seja, esse grupo abarca desde aqueles sem instrução até aqueles com ensino médio completo).

NATAL

Em Natal, observou-se uma taxa de desocupação de 8,8% no 4º trimestre de 2022, representando uma situação de estabilidade no índice em relação ao trimestre anterior. Em comparação a outras capitais nordestinas, a capital potiguar tem a 3ª menor taxa de desocupação, ficando acima apenas de Fortaleza (7,5%) e Teresina (8,7%). Nacionalmente, Natal fica na 14ª posição no ranking.

Em termos de ocupação por grupamento de atividades no trabalho principal, o comércio continua a ser o setor que mais emprega no estado, representando 22,1% no volume de pessoas ocupadas. Em segundo está a administração pública com 20,9%. O setor de transporte, armazenagem e correios é o que possui menor participação no mercado de trabalho potiguar, representando cerca de 3,4% das pessoas ocupadas.

Rendimento médio do potiguar está acima da média da região, e massa de rendimentos permanece estável

O rendimento médio real mensal (descontada a inflação) de todos os trabalhos foi, no RN, de R$ 2.153,00, valor acima da média da região Nordeste (R$1.885,00), porém abaixo da média nacional (R$2.808,00). O estado potiguar apresentou aumento de 6,2% no valor do rendimento mensal em relação ao trimestre anterior (R$ 2.028,00) e de 3,9% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.072,00), contudo esses valores não mostram significância estatística, o que indica estabilidade de rendimento médio nos períodos considerados. No Nordeste, apenas Pernambuco registrou tendência de aumento (9,7%) no rendimento mensal em relação ao trimestre anterior.

Além disso, a diferença do rendimento médio mensal entre homens (R$2.288,00) e mulheres (R$1.959,00) foi de 329 reais, a maior da região Nordeste.

A pesquisa traz também a massa de rendimentos de todos os trabalhos, que, no RN, foi de 2,95 bilhões de reais, ficando na quinta posição no ranking entre os nove estados do Nordeste. Quando comparado com o trimestre anterior e com o trimestre do ano anterior, o Rio Grande do Norte apresentou estabilidade na massa de rendimentos, pois, apesar do registro de aumento de 6,6% e de 9,1% respectivamente, estes valores não mostram significância estatística.

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