A governadora Fátima Bezerra participou, nesta terça-feira (5), da inauguração do Laboratório de Hidrogênio e Combustíveis Avançados (H2CA), situado no Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), na avenida Mor-Gouveia, em Lagoa Nova, fruto da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.
Fátima Bezerra aproveitou para convidar o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales, para participar do lançamento, que ocorre nesta quinta-feira (6), dos estudos pioneiros para orientar as empresas a instalarem suas estruturas físicas de transmissão para energia eólica off-shore, "fazendo isso, já com aquele olhar de que temos obrigação de defesa do meio-ambiente e de todos os impactos do ponto de vista social".
A governadora do Estado sustentou que "a jornada rumo a sustentabilidade é longa e repleta de desafio, mas é uma jornada que não tem mais volta e nós temos o compromisso de trilhar, o estado, a sociedade, a academia e setor produtivo, daí a importância de eventos como esse e que nos enche de muito orgulho".
Na condição de governadora de um estado líder na produção de energias renováveis, Fátima Bezerra disse, ainda, que a inauguração do Laboratório "traduz todo o esforço que vem sendo feito na questão da transição energética".
Para a governadora, o Estado tem um "compromisso irrenunciável com a transição energética", daí a importância da planta piloto "de um equipamento de extrema importância, o laboratório de hidrogênio verde e combustíveis avançados".
Segundo a governadora, a parceria brasileira e alemã no setor de pesquisas das energias limpas, "renova as nossas esperanças, a nossa confiança de que estamos no rumo certo", citando que uma instituição como o ISI-ER "por sua qualidade e expertise tem contribuído para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte, no Brasil e no mundo".
Nesse contexto, a governadora Fátima Bezerra disse se orgulhar do fato de o Nordeste estar na linha de frente na questão das energias renováveis, junto com o Rio Grande do Norte, "respondendo por 80% dos parques eólicos instalados do Brasil, temos 937 parques eólicos e o RN responde por 30% da produção de energia eólica no país".
Fátima Bezerra apontou, ainda, que no próximo ano "celebra-se uma década de maior produtor de energia eólica no Brasil, com perspectivas extremamente alvissareiras, não só na expansão de energia eólica, mas adentrando em outras fontes de energia, como a solar, biomassa e agora, olhando para a energia no mar (on shore), combinado com o hidrogênio verde".
A governadora disse que o Rio Grande do Norte destaca-se com 252 usinas instaladas no Estado e com os projetos já contratados que representam mais de R$ 30 bilhões, "deveremos chegar em 2026 a 13,25 kwts de potência instalada, saindo de 7.6 kilowatts para 13,5".
"Daí nossas tratativas junto ao governo federal nesse contexto junto ao Ministério das Minas e Energias para realização dos leilões, o Nordeste não vai abrir mão desses leilões, porque precisa de linhas de transmissão para escoamento da produção", disse a governadora.
A infraestrutura da primeira planta instalada no Brasil para produzir combustível sustentável de aviação, vai funcionar no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do Senai, em Natal.
Até outubro deste ano a expectativa é de ter a primeira amostra do combustível para buscar o certificado da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível. A perspectiva é de elevar de 200 ml/dia para até 5 litros por dia a produção do Syncrude, o petróleo sintético desenvolvido no Instituto Senai para ser transformado em SAF (sigla em inglês para 'sustainable aviation fuels"), a ser obtido a partir de glicerina, coproduto da indústria de biodiesel com alto valor energético. mas atualmente subutilizado no Brasil ou exportado com baixo preço de mercado.
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