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Postado às 16h00 | 15 Set 2023 | Redação População ocupada do RN atinge maior estimativa em 10 anos

Crédito da foto: Divulgação/PMM Em 2022, a população ocupada no estado do Rio Grande do Norte atingiu sua maior estimativa, alcançan

Em 2022, a população ocupada no estado do Rio Grande do Norte atingiu sua maior estimativa, alcançando 1,4 milhão de pessoas. Esse número representou um acréscimo de 5,5% em relação a 2019 (1,32 milhão de pessoas) e de 8,9% frente à população de 2012 (1,24 milhão de pessoas). Em relação a 2019, o total da população em idade de trabalhar expandiu 4,8%, estimada em 2022 em 2,9 milhões de pessoas. A tendência de avanço simultâneo em ambas as populações (em idade de trabalhar e ocupadas) foi observada também em todo o Brasil, que chegou à estimativa de 99,6 milhões de pessoas ocupadas em 2022. Os dados são do tema da  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2022.

Em 2022, os grupamentos de atividades que registram as maiores participações foram Comércio (20,4%) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (19,9%), ambas permanecendo como as atividades que mais absorveram trabalhadores desde 2012, tendo a primeira apresentado uma queda de 10% e a segunda um aumento de 8,7% em 10 anos. Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, Outros serviços e Alojamento e alimentação foram os que mais tiveram acréscimo entre 2012 e 2022, com 40%, 39,5% e 34,7% de aumento respectivamente. Indústria, que chegou a ser a terceira atividade que mais absorvia trabalhadores em 2012, teve uma queda de 22,8% em 2022.

Se compararmos as atividades a 2019, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o grupamento de atividades que mais cresceu em 2022 (22,6%), seguida de Alojamento e alimentação (6,4%) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (5.3%). Indústria também apresentou decréscimo se comparada a 2019 (8,3%), mas foi Transporte, armazenagem e correio que apresentou a maior queda na participação de pessoas ocupadas (27, 3%).

Percentual de sindicalizados entre pessoas ocupadas cai 7,7 pontos percentuais de 2012 a 2022

Em 2022, das 1,4 milhão de pessoas ocupadas no estado, 9,4% (131 mil pessoas) eram associadas a sindicato, apontando para a redução de trabalhadores sindicalizados em relação a 2019 (36 mil pessoas) e 2012 (89 mil pessoas). A média nacional é de 9,2% e de 10,8% para região Nordeste que, junto com à Sul (11%) são as regiões com maior índice de pessoas de ocupadas sindicalizadas. Os menores percentuais são das regiões Norte (7,7%) e a Centro-Oeste (7,6%).

Entre os estados, Piauí possui o maior percentual de sindicalização do país com 18,8% de pessoas ocupadas sindicalizadas e o Amapá o menor percentual, com 4%. O Rio Grande do Norte ficou na décima primeira posição em 2022, mas já esteve na nona em 2012 com 12,5% de pessoas ocupadas sindicalizadas.

De 2012 a 2019, o percentual de homens sindicalizados superava o de mulheres sindicalizadas, sendo que em 2022 esta diferença foi igual a 1,6 ponto percentual (p.p.), com 10% de sindicalização entre os homens e 8,4% entre as mulheres.

Baixa adesão associativa também é refletida entre empreendedores próprios do Rio Grande do Norte

Em 2022, 57 mil eram empregadores e 366 mil trabalhadores por conta própria, sendo que entre os primeiros, 75,6% (43 mil) estavam em empreendimentos registrados no CNPJ e entre os segundos, 17,3% (63 mil) eram registrados, apontando importante crescimento em relação a 2012 e 2019. Em 2012, 70,9% dos empregadores e 17,5% dos conta própria eram registrados. Em 2019, esse número era de 71,1% para empregadores e de 16,4% para os conta própria.

A maioria das pessoas ocupadas nos dois grupos, com registro, era formada por homens, 66,9% (71 mil). Embora houvesse predomínio do contingente masculino entres empregadores e trabalhadores por conta própria, o percentual de pessoas com registro no CNPJ para categoria conta própria era um pouco maior entre as mulheres (18%) do que entre os homens (16,9%).

Das 423 mil pessoas ocupadas como empregador ou conta própria no trabalho principal, 4% (17 mil pessoas) eram associadas à cooperativa de trabalho ou produção, o que mostra a baixa adesão dos trabalhadores a esse tipo de arranjo produtivo no Brasil. A maior proporção ocorreu em 2012 (6,7%) e em 2018 (5,2%).

Quando desagregado por sexo, o percentual de pessoas ocupadas como empregador ou conta própria associadas em 2022 foi maior entre os homens (4,2%) do que entre as mulheres (3,5%), uma diferença de 0,7 p.p. Em 2019 essa diferença chegava a 3,4p.p.

Sobre a pesquisa

A PNAD Contínua é feita por amostras em que um mesmo domicílio é visitado uma vez por trimestre, durante cinco trimestres. Um outro conjunto de informações sobre força de trabalho, de caráter mais estrutural, e que, diferentemente das informações utilizadas para o monitoramento conjuntural, também são investigadas, mas apenas na primeira visita ao domicílio selecionado para responder à pesquisa. Na pesquisa agora divulgada, estão disponíveis os seguintes indicadores: associação a sindicato; associação a cooperativa de trabalho e produção, entre outros.

Para os anos de 2020 e 2021, não houve a disponibilização de dados da pesquisa sobre esse tema, uma vez que, em decorrência da pandemia da COVID-

19, a redução da taxa de resposta da PNAD Contínua nos referidos anos trouxe dificuldades para a mensuração de alguns indicadores dos módulos temáticos coletados exclusivamente na primeira visita. Portanto, a série de indicadores compreende os anos de 2012 a 2019 e 2022.

Os resultados divulgados incorporam a reponderação da PNAD Contínua ocorrida em 2021, a qual considera os totais populacionais por sexo e grupos etários estimados para o Brasil, segundo os dados das Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação, Revisão 2018, também calculadas pelo IBGE.

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