Após duas semanas de campanha, o Rio Grande do Norte lidera o ranking nacional de cobertura vacinal contra a poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil. Foram aplicadas no estado, até esta segunda-feira (10), 28,9 mil doses da vacina. Destas, pouco mais de 13 mil foram dadas às crianças potiguares neste sábado (8), durante o Dia D de imunização.
O município líder do ranking de vacinação no Dia D foi Touros, com 764 crianças tendo recebido as gotinhas contra a paralisia infantil, seguido de São Gonçalo do Amarante (684), Parnamirim (662). Macaíba (429) e Pau dos Ferros (394). Completam o top 10 do ranking São José de Mipibu (351), Canguaretama (326), Caicó (323), Ceará-Mirim (321) e Assú (289).
Ainda antes do Dia D, o município de Caiçara do Rio do Vento foi a 1ª cidade potiguar a alcançar o nível ideal de cobertura vacinal, chegando a 96% do público-alvo.
A campanha segue até 14 de junho em todo o Brasil, tendo como público-alvo crianças entre um e quatro anos, 11 meses e 29 de idade. No RN existem aproximadamente 167,7 mil crianças nessa faixa etária.
Este ano marca o início da fase de transição na substituição da prevenção contra a paralisia infantil das duas doses da vacinação por gotinha para apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP). A partir do próximo semestre o esquema de proteção e a dose de reforço serão feitos apenas com a VIP, de acordo com o Ministério da Saúde. Importante ressaltar que a vacinação contra a poliomielite segue como a única forma de prevenção da doença.
A campanha visa reduzir o número de crianças não vacinadas, de modo a evitar o risco de reintrodução no Brasil do poliovírus, responsável por causar a paralisia infantil. Desde 1989, não se registram casos de poliomielite no país, que tem a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem há 30 anos. Porém, em 2023, o país foi classificado como alto risco para a reintrodução do vírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC), por conta das coberturas vacinais, dos indicadores de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas (PFA) e do status de contenção laboratorial dos poliovírus.
Tags: