Sábado, 23 de novembro de 2024

Postado às 16h00 | 15 Ago 2024 | Redação Rio Grande do Norte registra recuo da desocupação no 2º trimestre de 2024

RN apresenta uma taxa de 9,1% referente ao 2º trimestre de 2024, uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre desse ano (9,6%), ocupando a 6ª maior taxa de desocupação para o Brasil e a 4ª do Nordeste. Dados são da PNAD Contínua

Crédito da foto: Jonathan Campos - AEN/PR O Rio Grande do Norte apresentou uma taxa de 9,1% referente ao 2º trimestre de 2024

Os dados da PNAD Contínua, divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam queda na taxa de desocupação no Brasil e no Rio Grande do Norte durante o segundo trimestre de 2024. Com um recuo de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior, a taxa atingiu 6,9%, o menor valor para um segundo trimestre desde 2014. Esse resultado positivo veio de indicadores positivos da geração de empregos em 15 estados brasileiros.

O Rio Grande do Norte apresentou uma taxa de 9,1% referente ao 2º trimestre de 2024, uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre desse ano (9,6%), ocupando a 6ª maior taxa de desocupação para o Brasil e a 4ª do Nordeste. Para ao indicador de desocupação, os estados Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%) apresentaram as maiores taxas, enquanto Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%) apresentaram menores valores para a desocupação.

A taxa de desocupação apresentou variação negativa, tanto para os homens quanto para as mulheres entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024, mas a diferença entre homens e mulheres permanece. No RN, a taxa das mulheres variou de 13,2% para 10,5%, a dos homens subiu de 7,0% para 8,0% no mesmo período. No 4º trimestre, o município de Natal apresenta menores taxas de desocupação, tanto em geral (6,9%), como entre homens (7,1%) e entre mulheres (6,7%).

COR/RAÇA E INSTRUÇÃO

Quanto à cor/raça, no Rio Grande do Norte, a taxa de desocupação entre brancos (7,7%), pretos (11,5%) e pardos (9,6%) está acima da taxa nacional que é de 5,5%, 8,5% e 7,8%, respectivamente. No município de Natal, as taxas para brancos (5,8%) e pretos (10,1%) são superiores à nacional. Apenas entre os pardos é que a taxa é inferior à taxa do Brasil, 7,3% contra 7,8%. Em todos os cenários, pretos e pardos têm maior taxa de desocupação dos que os brancos.

Por nível de instrução, as taxas de desocupação para as pessoas com ensino fundamental completo (15,7%) e ensino médio completo (11,7%) foram maiores que as dos demais níveis de instrução analisados no Rio Grande do Norte. Para as pessoas com ensino médio incompleto, a taxa foi de 10,6%, Em termos comparativos, para as pessoas com 14 anos ou mais de idade, que possuem nível superior completo, a taxa de desocupação (4,5%) é aproximadamente 3,5 vezes menor do que aqueles com o ensino fundamental completo (15,7%), para 2º trimestre de 2024.

Na Região Metropolitana e no município de Natal, para o mesmo período (2º trimestre de 2024), as taxas de desocupação para o nível superior completo foram de 3,6%, iguais à nacional (3,6%), mas inferiores à do Nordeste (4,7%) e do RN (4,5%).

Em dados gerais estimados, dos 2,94 milhões de pessoas da população potiguar em idade de trabalhar (14 anos de idade ou mais), 1,58 milhão estão na força de trabalho, sendo 1,44 milhão ocupados e 144 mil desocupados. Em relação aos desocupados ocorreu uma redução de 2,99% neste último trimestre (144 mil), ou 3 mil desocupados a menos, que no 1º trimestre de 2024 (147 mil). Quando aos ocupados, no 1º trimestre de 2024 eram 1,38 milhão de pessoas com 14 anos ou mais, enquanto para 2º trimestre o Rio Grande do Norte ocupou 1,14 milhão de pessoas, ou seja, um aumento de em relação ao trimestre anterior de 4,42% ou 61 mil pessoas a mais ocupadas.

São consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.

GRUPOS DE ATIVIDADES

Em relação à ocupação por grupo de atividades no trabalho principal, para o 2º trimestre de 2024, o setor da Administração Pública foi o que mais empregou no estado (367 mil pessoas), seguido do Comércio (304 mil pessoas). Na sequência, o setor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas ocupou 165 mil pessoas, similar ao indicador do trimestre anterior e em seguida, Indústria Geral, com 122 mil pessoas ocupadas, esta com redução de 4 mil pessoas quando comparado ao período anterior.

RENDIMENTO MENSAL

Para o rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal no RN, houve um incremento de R$ 147,00 se comparado ao último trimestre de 2024, indo de R$ 2.409,00 para 2.556,00, um crescimento relativo de 6,1%. Em relação ao sexo, a diferença do rendimento médio mensal entre homens (R$2.680,00) e mulheres (R$2.376,00) no Rio Grande do Norte foi de 304 reais a mais na remuneração deles para o 2º trimestre de 2024, similar a diferença observada no semestre anterior de R$ 309,00.

Quando se considera a massa de rendimentos de todos os trabalhos no RN o volume foi de aproximadamente R$ 3,79 bilhões de reais, um crescimento de 10,7% se comparado ao trimestre anterior, ou o equivalente a R$ 367 milhões de diferença positiva entre um trimestre e outro.

Quanto à informalidade, no segundo trimestre, 595 mil são trabalhadores estavam na condição de informais, equivalente a uma taxa de informalidade para o Rio Grande do Norte de 41,3% da população ocupada. Esse percentual está acima da média brasileira (38,6%). Em Natal esse indicador é 31,3% o que equivale a 225 mil pessoas na condição de informalidade para a capital potiguar.

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