Quarta-Feira, 01 de janeiro de 2025

Postado às 10h30 | 05 Set 2024 | redação Rio Grande do Norte volta a registrar seca em julho, com efeitos a curto prazo

Crédito da foto: Ilustrativa O balanço aponta ainda que os impactos são de curto prazo

Por Edinaldo Moreno / Jornal de Fato

O Monitor de Secas, que realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo, apontou que a seca no Nordeste se intensificou e avançou na região. O fenômeno, mesmo em baixa intensidade, voltou a ser registrado no Rio Grande do Norte em julho, conforme o levantamento.

De acordo com o monitoramento da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), no Rio Grande do Norte, devido às anomalias negativas de precipitação e à piora nos indicadores, houve surgimento da seca fraca (S0) no sul e no noroeste do estado. Ainda segundo o balanço, os impactos são de curto prazo (C).

Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca.

O Monitor de Secas destaca ainda que, em julho, o Rio Grande do Norte voltou a registrar seca, o que não ocorria desde março deste ano. Segundo o levantamento, o fenômeno foi verificado em 15% do estado, sendo o maior percentual de seca no RN desde os 63% verificados no terceiro mês do ano.

Na comparação entre maio e junho, em termos de severidade da seca, o fenômeno se manteve estável em cinco dos nove estados nordestinos: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Piauí. Os outros quatro estados da região seguiram livres de seca entre maio e junho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. O cenário do fenômeno no Nordeste em junho foi o mais brando entre as cinco regiões monitoradas com seca moderada em 8% da região e seca fraca em 25% de seu território.

Em termos de áreas com seca, o Nordeste teve um aumento da área total com o fenômeno de 30% para 33% entre maio e junho. Essa elevação foi resultado do avanço da seca na Bahia, Maranhão e Pernambuco no último mês. No sentido oposto, a seca avançou no Ceará e no Piauí. Em Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe o fenômeno seguiu sem ser registrado em junho. A seguir estão os destaques por estado da região Nordeste no último mês.

CENÁRIO NACIONAL

Entre junho e julho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno somente em Roraima, conforme a última atualização do Monitor de Secas. No sentido oposto, em outras 15 unidades da Federação a seca se intensificou nesse período: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

Em outros quatro estados a seca voltou a ser verificada em julho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. No aspecto de severidade, a seca ficou estável em cinco unidades da Federação: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Maranhão e Pernambuco. Somente dois estados seguiram livres de seca em julho: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Na comparação entre junho e julho, 15 estados registraram o aumento da área com seca: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Tocantins. Já em outros quatro estados a seca voltou a ser registrada: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Por outro lado, Roraima teve um recuo da seca. Em cinco unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Por sua vez, dois estados se mantiveram livres de seca em julho: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Nove unidades da Federação registraram seca em 100% do território em julho deste ano: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 5% a 98%.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de julho, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. No total, entre junho e julho, a área com o fenômeno aumentou de 5,96 milhões para 7,04 milhões de km², o equivalente a 83% do território brasileiro.

Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.

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