Quanto à informalidade, no terceiro trimestre, no Rio Grande do Norte, 41,6% dos trabalhadores estavam na condição de informais; com essa taxa o estado ocupa a 16ª posição no país e é a menor taxa de informalidade entre os estados nordestinos
Por Edinaldo Moreno - Jornal de Fato
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) sobre a taxa de desocupação no Brasil durante o terceiro trimestre de 2024 (julho, agosto e setembro) e constatou redução no Rio Grande do Norte em relação ao trimestre anterior (abril, maio e junho).
O levantamento indica redução de 0,3% da taxa de desocupação no 3º trimestre. O Rio Grande do Norte apresentou uma taxa de 8,8% referente ao 3º trimestre de 2024. O segundo trimestre do ano registrou desocupação de 9,1%. O índice indica estabilidade do indicador. O estado ocupou a 3ª maior taxa de desocupação para o Brasil e a 3ª do Nordeste.
A PNAD Contínua visa acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, no curto, médio e longo prazos, da força de trabalho, e outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País. Foi planejada para produzir indicadores trimestrais sobre a força de trabalho e indicadores anuais sobre temas suplementares permanentes, tendo como unidade de investigação o domicílio.
Ainda de acordo com o IBGE, a taxa de desocupação apresentou estabilidade tanto para os homens quanto para as mulheres entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024, mas a diferença entre homens e mulheres permanece. No RN, a taxa das mulheres variou de 10,5% para 10,6%, a dos homens caiu de 8,0% para 7,5% no mesmo período.
Em dados gerais estimados, dos 2,96 milhões de pessoas da população potiguar em idade de trabalhar (14 anos de idade ou mais), 1,59 milhão estão na força de trabalho, sendo 1,45 milhão ocupados e 144 mil desocupados. Em relação aos desocupados ocorreu uma redução de 2,08% neste último trimestre (141 mil), ou 3 mil desocupados a menos, que no 2º trimestre de 2024 (144 mil).
Quanto aos ocupados, no 2º trimestre de 2024 eram 1,44 milhão de pessoas com 14 anos ou mais, enquanto para 3º trimestre o Rio Grande do Norte ocupou 1,45 milhão de pessoas, ou seja, um aumento de em relação ao trimestre anterior de 1,03% ou 15 mil pessoas a mais ocupadas.
São consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.
COR/RAÇA
Para o 3º trimestre de 2024, quanto à cor/raça, no Rio Grande do Norte, a taxa de desocupação entre brancos (7,4%), pretos (10,8%) e pardos (9,4%) está acima da taxa nacional que é de 5,0%, 7,6% e 7,3%, respectivamente. Em todos os cenários, pretos e pardos têm maior taxa de desocupação dos que os brancos.
NÍVEL DE INSTRUÇÃO
Por nível de instrução, as taxas de desocupação para as pessoas com ensino fundamental completo (14,4%) e ensino médio incompleto ou equivalente (12,0%) foram maiores que as dos demais níveis de instrução analisados no Rio Grande do Norte. Para as pessoas com ensino médio completo, a taxa foi de 9,6%.
Em termos comparativos, para as pessoas com 14 anos ou mais de idade, que possuem nível superior completo, a taxa de desocupação (5,1%) é aproximadamente 2,5 vezes menor do que aqueles com o ensino fundamental completo (14,4%), para 3º trimestre de 2024.
Administração Pública empregou mais de 350 mil pessoas
Em relação à ocupação por grupo de atividades no trabalho principal, para o 3º trimestre de 2024, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacou que o setor da Administração Pública foi o que mais empregou no estado (357 mil pessoas), seguido do Comércio (307 mil pessoas).
Na sequência, o setor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas ocupou 169 mil pessoas, similar ao indicador do trimestre anterior e em seguida, Indústria Geral, com 120 mil.
Quanto à informalidade, no terceiro trimestre, no Rio Grande do Norte, 41,6% dos trabalhadores estavam na condição de informais; com essa taxa o estado ocupa a 16ª posição no país e é a menor taxa de informalidade entre os estados nordestinos. O percentual está acima da média brasileira (38,8%), mas inferior à taxa da Região Nordeste (51,2%).
Rendimento médio mensal caiu quase R$ 100 no 3º trimestre
Para o rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal no RN, no 3ª trimestre de 2024, o valor foi de R$ 2.471,00, destacou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua). Houve uma redução média de R$ 99,00 se comparado ao 2º trimestre de 2024 (R$ 2.570,00).
Em relação ao sexo, a diferença do rendimento médio mensal entre homens (R$2.679,00) e mulheres (R$2.174,00) no Rio Grande do Norte foi de R$ 505,00 a mais na remuneração deles para o 3º trimestre de 2024, superior à diferença observada no semestre anterior de R$ 304,00.
Quando se considera a massa de rendimentos de todos os trabalhos no RN o volume foi de, aproximadamente, R$ 3,72 bilhões de Reais.
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