Jornal de Fato
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio/RN) entende que o desempenho positivo do Estado no comércio exterior, em 2024, deve impulsionar os negócios locais. O setor produtivo está otimista na abertura de novas oportunidades que venha reforçar o processo de geração de emprego e renda.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que o RN exportou US$ 1,1 bilhão ao longo do ano passado, um crescimento de 42,6% em comparação ao valor acumulado em 2023. Trata-se do melhor desempenho potiguar desde o início da série histórica, em 1997.
“Esse é o terceiro ano consecutivo de recorde nas exportações do Rio Grande do Norte, o que estimula o setor produtivo a criar novas oportunidades e gerar ainda mais empregos no estado. Tudo isso acaba resultando em um grande aumento de competitividade para os negócios locais, que levaram os produtos potiguares para 88 países em 2024; e estão ganhando cada vez mais destaque na exportação de óleos combustíveis e frutas, por exemplo”, explica o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
No ano passado, os produtos mais exportados pelo Rio Grande do Norte foram óleo combustível (US$ 558,7 mi), melão (US$ 120,1 mi), óleo diesel (US$ 86,8 mi) e melancia (US$ 53 mi). Os principais destinos dos produtos potiguares foram Singapura (17,9%) e os Países Baixos (17,0%). Além disso, Estados Unidos (5,9%) e os territórios americanos no Caribe, nas Ilhas Virgens Americanas (16,9%) e em Porto Rico (2,9%) receberam mais de 25% de todos os produtos exportados pelo estado.
Apesar de apresentar o sexto maior valor exportado do Nordeste, o Rio Grande do Norte foi o estado da região que registrou o maior aumento nas vendas ao exterior (42,6%). Em nível nacional, o desempenho potiguar foi superado apenas pelo Acre, que apresentou crescimento de 90,5% em comparação a 2023. Vale ressaltar que, das 27 Unidades da Federação, 11 tiveram variação positiva e ficaram acima da média registrada no país (-0,8%). A queda foi puxada principalmente pelo recuo nas vendas do agronegócio (-11%).
Frutas secas e produção de óleos combustíveis são destaque
Ao longo do ano de 2024, a pauta de exportação potiguar foi diversificada, com destaque para óleos combustíveis (US$ 558,7 milhões), melões frescos (US$ 120,1 milhões), óleo diesel (US$ 86,7 milhões) e melancias frescas (US$ 52,9 milhões).
“Esses produtos refletem a capacidade do estado de combinar uma base agrícola consolidada, liderada pela fruticultura, com uma crescente relevância no setor energético, especialmente no comércio de combustíveis”, aponta a análise feita pela equipe técnica que elabora o Boletim.
Os principais produtos importados nos doze meses de 2024 foram células fotovoltaicas (US$ 129,1 milhões), “outras gasolinas” (US$ 92,2 milhões), grupos eletrogêneos de energia eólica (US$ 54,6 milhões), trigo e centeio (US$ 49,6 milhões) e óleo diesel (US$ 40,7 milhões).
Os cinco principais destinos das exportações potiguares no período foram: Singapura (US$ 199,3 milhões), Países Baixos (US$ 189,2 milhões), Ilhas Virgens Americanas (US$ 187,8 milhões), Estados Unidos (US$ 66,1 milhões) e Reino Unido (US$ 52,2 milhões)
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