Terça-Feira, 21 de janeiro de 2025

Postado às 09h00 | 21 Jan 2025 | redação Movimentação de frutas em porto do Rio Grande do Norte tem aumento de 107%

Porto de Natal encerrou 2024 com uma movimentação total de 135.302 toneladas, das quais 96.098 toneladas correspondem à safra 2024-2025, ainda em curso. O crescimento de 107% em relação à safra 2023-2024 e reflete retomada da exportação de frutas

Crédito da foto: Assecom RN Porto de Natal

O Porto de Natal encerrou 2024 com uma movimentação total de 135.302 toneladas, das quais 96.098 toneladas correspondem à safra 2024-2025, ainda em curso. O crescimento de 107% em relação à safra 2023-2024 (46.418 toneladas) e reflete a retomada da exportação de frutas, com operações otimizadas e novas parcerias logísticas com a Agrícola Famosa, que vem ocupando a lacuna deixada pela francesa CMA CGM. Para 2025, a expectativa é de expansão, com foco no fortalecimento das exportações de frutas e no aumento da lucratividade.

Mesmo após a perda de 66% da receita em 2023, causada pela saída da operação de contêiner da CMA CGM, a Codern conseguiu recuperar 40% da movimentação e projeta novos avanços para 2025. “A gente mais do que dobrou a carga de um ano para o outro, dentro da nossa vocação de exportar frutas por pallets. Agora temos a expectativa de avançar ainda mais, consolidando o Porto como um hub logístico de exportação de frutas para a Europa”, diz Paulo Henrique Macedo, diretor-presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern).

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Ainda segundo Paulo Henrique Macedo, o ano foi marcado por avanços estratégicos. “2024 é o ano de retomada do Porto de Natal. Nós começamos buscando a vocação do porto, otimizamos as operações de frutas e introduzimos uma logística que alia pallets a contêineres, o que aumenta o valor agregado da fruta no destino de exportação. Isso fez com que o exportador dobrasse a carga. Já projetamos uma movimentação ainda maior para 2025”, diz.

Uma das iniciativas mais promissoras para este ano, diz Macedo, é a negociação de uma nova rota com o Porto de Setúbal, em Portugal, que deve encurtar o caminho das frutas potiguares até a Europa. “Estamos discutindo uma nova rota com o Porto de Setúbal, que vai reduzir distâncias e otimizar as janelas de chegada na Europa. Essa é uma das principais perspectivas para 2025, e acreditamos que vai aumentar consideravelmente a movimentação de frutas a partir de Natal”, explica.

Além disso, o Porto de Natal tem recebido frutas de outras regiões, como Petrolina, fortalecendo a integração entre os polos produtores do país. A diversificação das cargas e o uso de pallets, que preservam melhor a qualidade do produto, têm sido diferenciais competitivos. “A operação com pallets é mais limpa e enxuta, garantindo que as frutas cheguem intactas e com maior valor agregado. Nossa meta é consolidar esse modelo e ampliar a exportação durante o ano todo, incluindo safrinhas entre março e julho, quando tradicionalmente ficamos sem exportação de frutas”, destacou Macedo.

Apesar do crescimento, o Porto de Natal enfrenta desafios significativos em sua infraestrutura. Problemas como o assoreamento do canal de acesso, a falta de defesas na Ponte Newton Navarro e a precariedade dos armazéns e galpões têm limitado o potencial do porto. “O Porto vive um momento delicado em sua infraestrutura, mas já começamos a virar a chave. Temos projetos no PAC que incluem a dragagem do canal de acesso, a reforma dos galpões e a implementação de sistemas fotovoltaicos para reduzir custos e descarbonizar as operações”, reconhece o diretor-presidente.

O investimento estimado para a modernização completa do Porto é de R$ 300 milhões. Apesar das limitações orçamentárias, há recursos já aprovados, que devem iniciar melhorias essenciais, como a recuperação dos galpões e dos armazéns, além da construção de uma usina fotovoltaica. A companhia já dispõe de R$ 8,5 milhões para as três intervenções e trabalha para lançar uma nova licitação neste ano.

“Estamos avançando por etapas e contando com o apoio do Governo do Estado e do Governo Federal para implementar mudanças que garantam competitividade e sustentabilidade. Nossa pauta de ESG é muito forte, e queremos aliar eficiência operacional à lucratividade”, completa Macedo.

Fonte: Codern

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