O setor de seguros no Rio Grande do Norte movimentou R$ 2,29 bilhões entre março de 2024 a março de 2025. O montante evidencia como a procura por proteção financeira vem se intensificando no estado. Os dados foram divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Somente no primeiro semestre deste ano, a receita bruta do setor chegou a R$ 542 milhões. Apesar de ser um número inferior ao que foi verificado no mesmo período de 2024, o volume desse mercado revela como a aquisição de seguro se tornou uma peça importante no planejamento financeiro das famílias e empresas do estado.
Instituições financeiras cooperativas, porém, tem cada vez mais ganhado espaço nesse mercado. É o caso da Sicredi, que viu sua carteira de seguros no Rio Grande do Norte saltar de R$ 8,5 milhões em dezembro de 2023 para R$ 18 milhões ao fim de 2024 – um crescimento de 111% em apenas um ano.
“O estado tem registrado um crescimento consistente na procura por soluções de proteção, reflexo de uma população cada vez mais atenta ao valor de se prevenir contra imprevistos”, avalia Erli Bandeira, Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste.
Apólices
As linhas de seguro que mais têm se destacado por aqui incluem as modalidades de vida, automóvel, residencial e rural. O seguro de vida, por exemplo, cresceu em importância nos últimos anos, impulsionado pelo impacto da pandemia e pela necessidade de garantir estabilidade financeira às famílias diante de eventuais perdas.
Já os seguros automotivo e residencial vêm acompanhando o aumento da frota de veículos e o aquecimento do mercado imobiliário no estado, enquanto o seguro rural tem papel estratégico em um estado. “O seguro rural é essencial para mitigar riscos climáticos e garantir a continuidade das operações no campo”, afirma Erli.
Outro fator que tem contribuído para o desempenho positivo do setor é a digitalização dos processos. A pandemia acelerou a transformação tecnológica nas seguradoras, com mais de 75% das operações se tornando digitais. Isso facilitou a contratação, renovação e gerenciamento das apólices, tornando o seguro mais acessível a diferentes públicos.
Para Erli Bandeira, esse avanço tecnológico, combinado com a oferta de produtos mais diversos e acessíveis, tem impulsionado a expansão do setor. “Estamos construindo um mercado mais preparado e uma população mais engajada no hábito de planejar o futuro com segurança. E a população tem respondido muito bem a esse novo momento.”
“As pessoas têm buscado entender melhor como os seguros funcionam e de que forma podem proteger o que é mais importante para elas. E isso vale tanto para quem vive nas cidades quanto no campo”, observa.
Segundo o especialista, a evolução do setor está diretamente ligada à proximidade da cooperativa com as comunidades, à personalização do atendimento e à oferta de soluções alinhadas com as particularidades locais. Ele destaca que o Sicredi também tem apostado em ações educativas como formas de ampliar o alcance da cultura do seguro no estado.
“Nosso compromisso vai além da oferta de produtos: investimos fortemente em educação financeira para que nossos associados compreendam o valor dos seguros como parte fundamental do planejamento pessoal e familiar. A expectativa é de que o mercado de seguros siga em expansão no estado nos próximos anos”, conclui
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