Quinta-Feira, 27 de fevereiro de 2025

Postado às 13h43 | 16 Nov 2016 | Fabio Vale Alunos do IFRN apresentam na Rússia sistema que ajuda deficientes visuais no uso de transporte público

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Um ano e dois meses atrás, Victor Nascimento e Rodrigo Machado conquistavam, na Fenecit 11, em Pernambuco, o primeiro de vários prêmios. Naquela oportunidade, a dupla de alunos do curso técnico em Informática do campus Natal-Zona Norte comemorava o primeiro lugar da categoria Engenharia. "Todos os prêmios tiveram um valor significativo, mas devemos tudo a essa primeira medalha, pois ela serviu de estímulo para continuarmos com as pesquisas", contou Victor.

O tempo passou. Com ele vieram mais premiações, troféus, medalhas e credenciamentos para eventos nacionais e internacionais, sendo o último deles a Milset Vostok, que acontece de 15 a 19 de novembro em Moscou, na Rússia. Cabe destacar que a equipe, que hoje conta também com os alunos Dayrone Lima e Kalyane de Oliveira, é a única representante do Brasil nessa mostra de tecnologia. 

"É uma honra representar o Brasil em uma feira que reúne os melhores projetos de 60 países", revelou Victor. Segundo o estudante, a equipe vai fazer parte da delegação brasileira em outra mostra internacional, a MILSET Expo-Sciences Internacional, considerada uma dos principais feiras científicas do mundo, que será realizada em 2017 no Ceará.

Sistema auditivo para deficientes visuais

Os jovens criaram o "Sisadev", um dispositivo para ajudar deficientes visuais a utilizarem o transporte coletivo com mais independência. A intenção dos estudantes é colocar um transmissor em cada ônibus, que vai enviar dados como linha e destino, informações que serão recebidas por um receptor para, logo em seguida, serem repassadas ao usuário através de um dispositivo sonoro, que vai-lhe informar quando o veículo estiver se aproximando.

De acordo com o estudante, o dispositivo é bem fácil de usar. "Quando alguém com deficiência visual quiser pegar um ônibus, é só pressionar um botão que vai enviar um sinal de volta para o transmissor, e o motorista vai saber que existe alguém nessas condições na parada", complementou.

Para o professor Aílton Torres, orientador do projeto, o dispositivo tem tudo para sair do papel. "A ideia é fazer um teste de campo em uma linha e, se houver o financiamento com possibilidade de construção de um protótipo real, vamos usá-lo no transporte coletivo e depois expandi-lo", explicou.

 

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