O Produto Interno do Rio Grande do Norte apontou variação negativa de 4% em 2016. O PIB potiguar alcançou R$ 59,66 bilhões. O estado representa 1,0% da economia brasileira. Ele ocupa a 5ª posição no Nordeste e a 18ª no Brasil
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte apontou variação negativa de 4% em 2016. O PIB potiguar alcançou R$ 59,66 bilhões. O estado representa 1,0% da economia brasileira. Ele ocupa a 5ª posição na Região Nordeste, em termos de valor do PIB, e a 18ª no Brasil. Os dados foram divulgados hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa de Contas Regionais de 2016.
De acordo com o levantamento, as atividades de Construção e Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas contribuíram para o resultado negativo.
Ainda segundo o estudo, o setor agropecuário, com participação de 3,5% da economia potiguar, apresentou variação em volume de -4,6%, em 2016. A Produção florestal, pesca e aquicultura, cuja queda em volume foi de 12,8%, foi quem mais influenciou este resultado, devido à redução da criação de camarão. Pecuária, inclusive apoio à pecuária também retraiu (- 4,1%), devido à criação de bovinos, enquanto Agricultura inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita teve variação positiva e igual a 6,9%.
O setor industrial apresentou variação em volume de -5,4%, influenciada em larga medida pelo resultado de Indústrias de transformação, cuja variação foi de -5,8%. Nesta atividade, o destaque foi a indústria de refino de petróleo, que apesar da redução da produção em volume, contribuiu para o resultado corrente do valor adicionado bruto, já que houve redução dos custos da matéria-prima utilizada.
A atividade de Construção também contribuiu para a variação negativa em volume, já que apresentou queda de 14,5%, devido à retração no segmento de construção de edifícios. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, por sua vez, cresceu 13,4% em volume; resultado associado parcialmente ao aumento da geração de usinas eólicas.
O Setor Serviços representou 77,5% do valor adicionado da economia do estado em 2016, e apresentou variação em volume de -3,5%. Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, atividade que representou 29,7% da economia do estado em 2016, decresceu em volume 2,2%. Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, segunda atividade mais relevante em termos de valor, também apresentou queda, igual a -9,4%.
Em contrapartida, Atividades Imobiliárias e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares cresceram, 0,9% e 1,9%, respectivamente.
No ano de 2016, a economia brasileira encolheu 3,3%, resultado negativo que se disseminou em praticamente todas as unidades da federação. Apenas Roraima, com 0,2%, teve alta no Produto Interno Bruto (PIB). A pesquisa mostra que a retração econômica que o país enfrentou naquele ano foi mais acentuada no Amazonas, onde o PIB caiu 6,8%, no Piauí e em Mato Grosso, ambos com queda de 6,3%.
Em 2016, a economia paulista ficou entre a dos 12 estados que tiveram resultados melhores do que a média nacional. O grupo inclui a alta de 0,2% de Roraima, o resultado estável do Distrito Federal, e quedas que vão de -1,4% a -3,1%. No grupo, estão Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, que ocupam a 3ª, a 4ª e a 5ª posição no ranking dos PIBs estaduais. Os cinco estados com maior PIB concentram 64,4% da economia brasileira.
As outras 15 unidades da federação tiveram quedas mais acentuadas do que a média nacional. No grupo, está o Rio de Janeiro, segundo maior PIB do Brasil, com uma queda de 4,4% em apenas um ano.
Entre 2002 e 2016, Tocantins foi estado brasileiro cuja economia mais cresceu, dobrando de tamanho. O estado da Região Norte avançou em um ritmo médio anual de 5,2%, somando 103,4% no período. Mato Grosso cresceu 89,1%; Roraima, 79,5%; Acre, 76,8%; e Piauí, 72,7%.
Entre todos os estados do país, o Rio de Janeiro foi o que menos cresceu no período, com uma alta média de 1,6% ao ano, somando 25,3% entre 2002 e 2016.
Valor corrente, participação percentual, posição relativa e variação em volume do PIB das Unidades da Federação no PIB do Brasil - 2016 | ||||
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Unidades da Federação | Produto Interno Bruto | |||
Valor corrente (R$ 1 000 000) |
Participação (%) |
Posição relativa da variação em volume | Variação em volume (%) |
|
Roraima | 11 011 | 0,2 | 1º | 0,2 |
Distrito Federal | 235 497 | 3,8 | 2º | 0,0 |
Alagoas | 49 456 | 0,8 | 3º | - 1,4 |
Minas Gerais | 544 634 | 8,7 | 4º | - 2,0 |
Santa Catarina | 256 661 | 4,1 | 5º | - 2,0 |
Acre | 13 751 | 0,2 | 6º | - 2,4 |
Rio Grande do Sul | 408 645 | 6,5 | 7º | - 2,4 |
Paraná | 401 662 | 6,4 | 8º | - 2,6 |
Mato Grosso do Sul | 91 866 | 1,5 | 9º | - 2,7 |
Pernambuco | 167 290 | 2,7 | 10º | - 2,9 |
São Paulo | 2 038 005 | 32,5 | 11º | - 3,1 |
Paraíba | 59 089 | 0,9 | 12º | - 3,1 |
12 Unidades da Federação com variação em volume acima do Brasil | 4 277 568 | 68,3 | - 2,6 | |
Brasil | 6 267 205 | - 3,3 | ||
15 Unidades da Federação com variação em volume abaixo do Brasil | 1 989 637 | 31,7 | - 4,9 | |
Goiás | 181 692 | 2,9 | 13º | - 3,5 |
Pará | 138 068 | 2,2 | 14º | - 4,0 |
Rio Grande do Norte | 59 661 | 1,0 | 15º | - 4,0 |
Ceará | 138 379 | 2,2 | 16º | - 4,1 |
Tocantins | 31 576 | 0,5 | 17º | - 4,1 |
Rondônia | 39 451 | 0,6 | 18º | - 4,2 |
Rio de Janeiro | 640 186 | 10,2 | 19º | - 4,4 |
Amapá | 14 339 | 0,2 | 20º | - 4,9 |
Sergipe | 38 867 | 0,6 | 21º | - 5,2 |
Espírito Santo | 109 227 | 1,7 | 22º | - 5,3 |
Maranhão | 85 286 | 1,4 | 23º | - 5,6 |
Bahia | 258 649 | 4,1 | 24º | - 6,2 |
Mato Grosso | 123 834 | 2,0 | 25º | - 6,3 |
Piauí | 41 406 | 0,7 | 26º | - 6,3 |
Amazonas | 89 017 | 1,4 | 27º | - 6,8 |
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA. |
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