Quinta-Feira, 06 de fevereiro de 2025

Postado às 14h30 | 18 Jul 2019 | Redação Escolas devem evitar atividades em locais que aumentem exposição a animais peçonhentos

O diretor do Hospital Giselda Trigueiro, André Luciano de Araújo Prudente, enviou ofício ao Secretário de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer, Getúlio Marques Ferreira, recomendando que as escolas evitem esses locais

Crédito da foto: Divulgação O alerta é do diretor do Giselda Trigueiro, André Luciano de Araújo Prudente

A assessoria de comunicação da II Unidade Regional de Saúde Pública (II Ursap) informa que o diretor do Hospital Giselda Trigueiro, André Luciano de Araújo Prudente, enviou ofício ao Secretário de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), Getúlio Marques Ferreira, recomendando que as escolas públicas e privadas do Rio Grande do Norte evitem atividades pedagógicas em locais que aumentem a exposição aos animais peçonhentos e transmissores de raiva.

““Solicitamos do Secretário de Educação e Cultura (SEEC), Getúlio Marques Ferreira, que transmita nosso relato a todas as instituições de ensino do Rio Grande do Norte, sejam elas públicas ou privadas, recomendando que evitem atividades pedagógicas em locais que aumentem a exposição aos animais peçonhentos e transmissores de raiva. Esta recomendação deve perdurar enquanto houver desabastecimento dos soros, visando unicamente à prevenção de irreparáveis e drásticas consequências”, alerta.

Segundo a II Ursap, o estoque de soro antiveneno e antirrábico está zerado no estado. No momento, o estoque de soros contra a cobra jararaca, ofídio peçonhento que mais provoca acidentes em nossa região, está zerado, assim como o antirrábico. Não há previsão de reabastecimento pelo Ministério da Saúde.

“Preocupa-nos o fato de recebermos frequente questionamentos de pais relatando que a escola de seus filhos está organizando visitas ecológicas, piqueniques, passeios ou quaisquer outras modalidades pedagógicas em matas ou parques, incluindo os urbanos. Entendemos que, apesar de importantes, estas atividades expõem os alunos a um maior risco de contato com os supracitados animais, justamente em um momento onde não há garantia de tratamento contra suas agressões”, disse André Luciano.

A aplicação de soro antiveneno é a única modalidade terapêutica contra as agressões de animais peçonhentos. No Rio Grande do Norte, os principais agressores são: Bothrops sp. (jararacas), Crotalus sp. (cascavéis), Micrurus sp. (cobras corais), Tityus sp. (escorpiões), Phoneutria sp. (aranhas armadeiras), Loxosceles sp. (aranhas-marrons) e Latrodectus sp. (viúvas-negras).

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