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Postado às 08h30 | 17 Out 2019 | Redação No RN, 10% mais ricos ganham 46 vezes mais que os 10% mais pobres

De acordo com o levantamento, essa concentração é a mais alta registrada nos últimos sete anos. Em 2012, os 10% mais ricos ganhavam 32 vezes mais que os 10% mais pobres. Em 2017, essa razão foi de 36 vezes

Crédito da foto: Agência Brasil Essa concentração é a mais alta registrada nos últimos sete anos

Os rendimentos da população 10% mais rica do Rio Grande do Norte em relação aos 10% mais pobres é 46 vezes maior. O índice consta na da avaliação dos rendimentos de todos os tipos de trabalho e de outras fontes de pessoas residentes no Brasil, incluída na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) Rendimento de Todas as Fontes 2018 foi divulgado na última quarta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, essa concentração é a mais alta registrada nos últimos sete anos. Em 2012, os 10% mais ricos ganhavam 32 vezes mais que os 10% mais pobres. Em 2017, essa razão foi de 36 vezes. Enquanto os 10% mais pobres da população tiveram um decréscimo de 7,7% no rendimento médio mensal, entre 2017 e 2018, passando de R$168 para R$155; o rendimento dos 10% mais ricos aumentou 18,2%, variou de R$6.060 para R$7.161.

O Piauí é a unidade da federação em que há a maior disparidade entre esses dois grupos populacionais: os 10% mais ricos ganham 72 vezes mais que os 10% mais pobres. Santa Catarina apresenta uma diferença de 12 vezes, a menor do Brasil.

No país, o rendimento médio mensal de trabalho da população 1% mais rica foi quase 34 vezes maior que da metade mais pobre em 2018. Isso significa que a parcela de maior renda arrecadou R$ 27.744 por mês, em média, enquanto os 50% menos favorecidos ganharam R$ 820. Contribuíram para esse quadro o aumento de 8,4% na renda das pessoas mais ricas e as quedas nos ganhos das classes que formam os 30% mais pobres, na comparação com 2017.

A pesquisa também mostrou que os 10% da população mais pobres detinham 0,8% da massa de rendimento, enquanto os 10% mais ricos concentravam 43,1%. Já a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 264,9 bilhões em 2017, cresceu para R$ 277,7 bilhões em 2018.

Rendimento médio cresce, mas fica abaixo do nível de 2015

Em 2018, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$944 no Rio Grande do Norte. Houve crescimento de 8,9% em comparação a 2017, R$867, mas ainda está abaixo do máximo obtido em 2016, R$963, e do nível de 2015, R$961.

O rendimento médio nacional per capita foi de R$1.337, o que representou crescimento de 4% em relação a 2017, R$1.285.

Índice de Gini da renda do trabalho é maior que a média nacional

No Brasil, o Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que varia de zero (igualdade) até um (desigualdade máxima), foi estimado em 0,545 em 2018. No RN, esse Índice foi estimado em 0,535. Índice de Gini do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos, por sua vez, foi estimado em 0,509 no Brasil.

No RN, esse Índice foi estimado em 0,529. Isso significa que a desigualdade de renda entre os trabalhadores do Rio Grande do Norte é maior que a nacional, havendo um crescimento Índice de Gini do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos dos potiguares, que passou de 0,487, em 2017, para 0,529 em 2018.

Bolsa Família no RN: menor percentual de domicílios beneficiados do NE

O percentual de domicílios do Rio Grande do Norte com recebimento de dinheiro do programa social do governo Bolsa Família é o menor do Nordeste, 23,3%. Enquanto o Maranhão representa a unidade da federação com maior proporção de domicílios com recebimento do Bolsa Família no Brasil, 37,4%, o Rio Grande do Norte tem a menor do Nordeste, mas ainda muito superior às médias dos estados do Sudeste e Sul, entre os quais Minas Gerais é o estado com maior percentual, 10,3%. Santa Catarina é a unidade da federação com menor percentual de domicílio com recebimento do Bolsa Família, 2,5%.

Cor e sexo: diferença de rendimento

No Rio Grande do Norte, as mulheres têm rendimento médio mensal de 81% da renda dos homens; no Brasil, de forma semelhante, o rendimento médio mensal é de 79% do obtido pelos homens.

No RN, os homens têm rendimento médio de R$1.819, e as mulheres, R$1.479; enquanto no Brasil, os homens têm rendimento de R$2.460, e as mulheres, R$1.938. No Rio Grande do Norte, pessoas pardas têm rendimento médio mensal equivalente a 73% das brancas; as autodeclaradas pretas, 66%. O rendimento das pessoas brancas é de R$2.040; pardas, R$ 1.481; e pretas, R$1.338.

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