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Postado às 08h15 | 20 Nov 2019 | Redação Taxa de desocupação no Rio Grande do Norte ultrapassa 13% no trimestre

Crédito da foto: EBC Em números absolutos, a Pnad Contínua estima que havia 204 mil desocupados no último trimestre

No Rio Grande do Norte, a taxa de desocupação foi de 13,4% no trimestre de julho a setembro de 2019. A taxa de desocupação, percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho, apresentou estabilidade frente ao trimestre anterior (abril a junho de 2019), assim como em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (julho a setembro de 2019).

Em números absolutos, a Pnad Contínua estima que havia 204 mil desocupados no último trimestre, ou seja, 204 mil pessoas estavam sem trabalho na semana de referência e tomaram alguma medida para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes, no período de 30 dias. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito. O nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar (aquelas com 14 anos ou mais na data de referência), foi de 46,9%. Isto significa que, do total de 2.813 pessoas em idade de trabalhar, 1.321 estavam ocupadas. Houve estabilidade tanto frente ao trimestre anterior, 46,9%, assim como em relação ao mesmo trimestre de 2018, 48%.

A taxa de participação na força de trabalho, total de pessoas na força de trabalho (ocupadas ou desocupadas) em relação à população em idade de trabalhar, foi de 54,2%, apresentando estabilidade tanto frente ao trimestre anterior, 53,6%, como em relação ao mesmo trimestre de 2018, 55%.

No trimestre de julho a setembro de 2019, havia 1321 mil pessoas ocupadas no Rio Grande do Norte. Desse total, estima-se que 59 mil eram empregadores. Entre eles, 40 mil estavam registrados no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. Os demais 18 mil atuavam sem o cadastro. É classificada como empregadora a pessoa que trabalhava explorando seu próprio negócio ou empresa, com ou sem sócio, tendo pelo menos um empregado. Pode contar, ou não, com a ajuda de trabalhador não remunerado que seja parente ou morador de seu domicílio.

No último trimestre, havia no Rio Grande do Norte 369 mil trabalhadores por conta própria. 57 mil estavam cadastrados no CNPJ e 313 mil atuavam sem o cadastro. Trabalhador por conta própria é aquele que explora seu próprio negócio ou empresa sem empregados. Assim como o empregador, também pode ter ajuda não remunerada de parentes ou membros de seu domicílio.

Os empregados do setor privado (exceto trabalhadores domésticos) eram 554 mil.

Desses, 343 mil tinham carteira de trabalho assinada, e 210 mil atuavam sem carteira.

Nessa categoria incluem-se as pessoas que trabalhavam para um empregador (pessoa física ou jurídica) do setor privado recebendo remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos ou benefícios.

Estado possui 16 mil, dos 84 mil empregados domésticos com carteira assinada

Os trabalhadores domésticos, especificamente, somavam 84 mil. Destes, 16 mil tinham carteira de trabalho assinada, enquanto os outros 67 mil prestavam serviço doméstico sem carteira. O conceito de trabalhador doméstico engloba os profissionais que prestam serviço a um ou mais domicílios.

O total de trabalhadores familiares em auxílio a parentes ou moradores do mesmo domicílio foi de 28 mil no trimestre. O grupo é composto por pessoas que trabalharam em ajuda a familiares, independente de residirem no seu domicílio, sem receber remuneração. Os familiares auxiliados podem trabalhar como empregados no setor privado, trabalhadores domésticos, ou até mesmo como empregadores ou trabalhar por conta própria.

Já os empregados no setor público, por sua vez, eram 228 mil no período de julho a setembro de 2019. São consideradas empregadas no setor público as pessoas que trabalhavam para o Governo em qualquer esfera: municipal, estadual ou federal. O conceito abrange, além das entidades da administração direta, as fundações, autarquias, empresas públicas e empresas de economia mista. Inclui, ainda, os conselhos de classes profissionais, com devidas exceções. Em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, todos os grupos acima permaneceram estáveis. Ou seja, não houve variação estatisticamente significativa para qualquer deles quando comparados ao trimestre de julho a setembro de 2019. Em comparação ao trimestre anterior (abril a junho de 2019).

RN possui uma força de trabalho estimada em 1.525 pessoas

A força de trabalho é composta pelos ocupados (incluindo subocupados por insuficiência de horas) e desocupados. No Rio Grande do Norte, a força de trabalho foi estimada em 1.525 pessoas no trimestre de julho a setembro de 2019.

Os subocupados por insuficiência de horas são a parcela dos ocupados que, na semana de referência, trabalharam menos de 40 horas e apresentaram disponibilidade e interesse em trabalhar mais. Ou seja, são pessoas que, apesar de estarem inseridas no mercado de trabalho, encontravam-se subutilizadas. São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.) ou em trabalho sem remuneração direta, em ajuda a atividade econômica de membro do domicílio ou, ainda, as pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nesta semana.

Classificam-se como desocupadas as pessoas sem trabalho (que gera rendimentos para o domicílio) na semana de referência, que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para assumi-lo naquela semana. Consideram-se como desocupadas, também, as pessoas sem trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias porque já haviam conseguido trabalho que iriam começar após a semana de referência.

FORÇA DE TRABALHO POTENCIAL

A força de trabalho potencial é composta pelos desalentados e indisponíveis. De julho a setembro de 2019, havia 240 mil pessoas neste grupo. 174 mil desalentados e 66 mil indisponíveis.

Desalentados são as pessoas que não trabalharam na semana de referência e não procuraram emprego no período de 30 dias, porém tinham interesse e disponibilidade para trabalhar naquela semana. Essas pessoas, juntamente aos desocupados, estão ociosas e interessadas em trabalhar. Entretanto, não pressionaram o mercado de trabalho por uma vaga.

Indisponíveis são pessoas que gostariam de trabalhar, porém não tinham disponibilidade para assumir qualquer posto de trabalho na semana de referência, mesmo que houvessem procurado emprego no período de 30 dias.

FORÇA DE TRABALHO AMPLIADA

A força de trabalho ampliada é a junção da força de trabalho com a força de trabalho potencial. É utilizada para evidenciar a subutilização da força de trabalho.

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