Um grupo de servidores do Hospital João Machado, maior unidade de saúde psiquiátrica do Rio Grande do Norte, localizada em Natal, realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (02). Os funcionários cobram melhores condições de trabalho.
O ato contou com o apoio e presença do Sindsaúde, sindicato da categoria, para denunciar falta de condições de trabalho e de equipamentos de proteção individual (EPI's) adequados, além de alegado assédio moral sofrido por parte da direção da unidade.
O grupo utilzou cartazes com os dizeres: "Não aceitamos menos do que merecemos", "EPI's adequados é o mínimo", e "Queremos uma gestão democrática".
"Estamos com nosso psicológico abalado, abatido, desmotivado. Não sabemos se quando chegamos em casa não estamos levando contaminação para a nossa família. Nós estamos aqui pela dignidade. Não estamos negando nosso serviço. Não estamos negando nosso trabalho. Estamos pedindo condições de trabalho porque isso é o mínimo que um trabalhador merece e precisa ter para trabalhar", Aurineide da Silva, trabalhadora da saúde.
Segundo o Sindsaúde, as servidoras se queixam da falta de diálogo da direção do hospital. O sindicato lembrou que o Governo do RN quer construir 10 leitos no hospital para tratamento de pacientes com covid-19, mas, que no entanto, os trabalhadores do hospital relataram que a unidade não tem condições mínimas para receber esses pacientes.
Recentemente, o hospital João Machado foi notícia na imprensa ao Sindsaúde denunciar situação do repouso dos trabalhadores do Hospita, com condições físicas degradantes, como mofo e infiltração. O sindcato critica que infelizmente, essa não é uma realidade apenas do hospital João Machado, mas, de todos os hospitais da rede pública do Rio Grande do Norte.
Morte de servidor
O Sindsaúde lamentou a morte do Paulo Xavier, motorista do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, e que faleceu na UTI do Giselda Trigueiro, também na capital potiguar, tarde dessa segunda-feira (1°), vítima de Covid-19. O sindicato ressaltou que ele tinha mais de 70 anos e pertencia ao grupo de risco, mas, que continuava trabalhando e recusava a se afastar devido a dificuldades financeiras. A entidade afirmou que assim como ele muitos servdores do grupo de risco também ainda estão trabalhando.
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