Terça-Feira, 16 de abril de 2024

Postado às 14h30 | 14 Jul 2020 | Redação Projeto de universidade de SP abre espaço para relatos da população potiguar

Crédito da foto: Cedida Pesquisadora e historiadora Ana Carolina coordena projeto

Ana Karla Farias/Especial para o DE FATO

Em tempos atípicos de distanciamento social e de vulnerabilidade para a população, ainda é possível estar isolados fisicamente, mas emocionalmente conectados. Dentro dessa lógica, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está construindo a plataforma Memórias Covid 19, coordenada pela pesquisadora e historiadora Ana Carolina Moura Delfin Maciel. O projeto da insitução de ensino do estado de São Paulo tem como objetivo criar um espaço memorial virtual para que pessoas de todos os estados do Brasil, bem como do exterior possam expressar suas memórias e subjetividades durante a pandemia do novo coronavírus.

O Rio Grande do Norte já contabiliza o terceiro estado com o maior número de participação e envio de relatos para o projeto, com 12,31%. Assim, o projeto Memórias Covid-19 não pretende ficar centrado no eixo São Paulo/ Rio de Janeiro tampouco ficar circunscrito ao espaço da universidade. O projeto conta ainda com uma comissão curatorial, composta de membros de nove universidades brasileiras (de diferentes áreas do conhecimento, representando Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do país), como também de dois representantes da França e Portugal.

A comissão será responsável por receber e selecionar os relatos que devem compor a plataforma Memórias Covid-19. O projeto tem um caráter plural e democrático, almejando costurar uma teia de narrativas compartilhadas por pessoas de diferentes localidades do país e do mundo, classe social e escolaridade. As vivências cotidianas e histórias de qualquer pessoa, durante esta pandemia, são bem-vindas e devem ser contadas.

Um desses relatos é da advogada e escritora potiguar, Ana Santana Batista Farias que já enviou quatro depoimentos. Ela conta que nunca se está preparado para viver uma pandemia que deixa um lastro de óbitos, desempregos, problemas emocionais, entre outros; e que por isso, o registro das memórias de um tempo doloroso pode ser uma forma de se libertar do peso de uma experiência difícil.

“O projeto não se absteve em ser só uma cápsula desse tempo nublado pela pandemia. Ele conseguiu despertar em mim que, mesmo em momentos difíceis, a força ainda permanece no nosso ímpeto. Ao escrever sobre os meus dias pude perceber que apesar das angústias desse tempo incerto, ainda carrego dentro de mim a certeza de que dias melhores estão por vir”, relatou Ana Santana.

Como participar

Para participar, basta acessar o formulário e enviar relatos escritos, sonoros ou visuais, podendo ser cartas, textos, poemas, desenhos, áudios, vídeos e fotos sobre as experiências pessoais em tempos de isolamento social. Os arquivos devem ser de autoria do participante ou estar de acordo com a legislação de Direitos Autorais, Lei 9.610/98.  Os materiais recebidos serão enviados para a análise da Comissão Curatorial e os participantes que tiverem seus materiais selecionados para publicação vão ser informados. Lembrando que não há um prazo limite para o envio dos relatos. Segue o link para acessar o formulário: https://forms.gle/CjrYdaZKnFbMuY7a6

A previsão é de que o site vai estar pronto na segunda semana de agosto, enquanto isso, é possível acompanhar o projeto nas redes sociais, seguindo o instagram @memoriascovid19, como também a página do facebook Memóriascovid19.

Tags:

Memórias Covid-19
Projeto
Unicamp
População potiguar

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