Por Fabiano Souza / Repórter do JORNAL DE FATO
Com a receita bruta de prestação de serviços em R$ 11,2 bilhões, o Rio Grande do Norte corresponde a 5,7% do setor de serviços da região Nordeste. Essa é a quinta maior participação entre os estados da região. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) de 2019, divulgada nesta quarta-feira (25) pelo IBGE.
Na região, os estados do Maranhão (7%), Ceará (17,9%), Pernambuco (22,2%) e Bahia (31,4%) têm as maiores participações no setor de serviços. Em 2010, o estado potiguar representava 5,8%, o que mostra leve oscilação negativa na comparação com o resultado atual. Nacionalmente, os serviços potiguares representam 0,6% da receita bruta produzida pelo Brasil nessa atividade econômica. A participação percentual é a mesma registrada em 2010. Por sua vez, a região Nordeste colabora com 10,2% da receita bruta de serviços brasileiros, a terceira maior entre as grandes regiões.
O número de pessoas ocupadas em “serviços profissionais, administrativos e complementares”, no Rio Grande do Norte, cresceu 91% entre 2010 e 2019. São 33 mil trabalhadores a mais em 2019 na comparação a 2010, o que resulta em 71 mil pessoas. No total, esse segmento é responsável por mais da metade (52,9%) das pessoas ocupadas em serviços no estado e por 30% da receita bruta do setor.
São exemplos desse segmento: serviços técnico-profissionais; seleção, agenciamento e locação de mão de obra; agências de viagens, operadoras de turismo e serviços de reserva; atividades de vigilância, segurança e investigação; serviços de escritório e apoio administrativo.
No geral, o número total de trabalhadores em serviços no estado potiguar saiu de 92,4 mil, em 2010, e chegou a 134,5 mil em 2019. Com esse crescimento, o Rio Grande do Norte é a 16ª unidade da federação em número de pessoas ocupadas neste setor. Em termos relativos, o aumento foi de 45,5% de trabalhadores, variação acima da média nacional (22,9%) e da média do Nordeste (33%).
No Nordeste, o segmento mais importante é outro. Os serviços de “transporte, serviços auxiliares ao transporte e correio” lideram no ranking da receita bruta de prestação de serviços, respondente por cerca 30%.
Número de empresas e serviços cresceu 45% em 10 anos
O número de empresas de serviços também aumentou, registrando um percentual de crescimento de 45% no período analisado. Eram 7.308 empresas de serviços, em 2010, e chegou a 10.659 empresas em 2019. Apesar do crescimento no número de pessoas ocupadas e empresas, o salário médio mensal nos serviços diminuiu.
Em 2010, o salário médio do trabalhador de serviços era 1,7 salário mínimo, mas recuou para 1,6 em 2019. Mesmo assim, o estado manteve o 22º maior salário médio mensal entre as unidades da federação.
A Pesquisa Anual de Serviços (PAS) retrata características estruturais das empresas prestadoras de serviços não-financeiros no Brasil em sete segmentos: serviços prestados principalmente às famílias; serviços de informação e comunicação; serviços profissionais, administrativos e complementares; transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio; atividades imobiliárias; serviços de manutenção de reparação; e outras atividades de serviços. O levantamento traz resultados sobre receita, emprego, salários e custos para cada segmento e os agrupamentos de atividades contidos neles.
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