Os três principais municípios potiguares produtores de camarão perderam posição no ranking nacional, em 2020, na comparação com 2019. Pendências, Canguaretama e Arês foram superados por municípios cearenses segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2020, divulgada hoje (29) pelo IBGE.
Com 3,7 mil toneladas produzidas em 2020, Pendências cedeu a posição de líder na produção para o município cearense de Aracati (3,9 mil toneladas). Também localizado no Ceará, Acaraú (2.627 toneladas) ficou à frente de Canguaretama, com 2.620 toneladas, e Arês, município produtor de 2,5 mil toneladas.
Somados, o Rio Grande do Norte e o Ceará produzem sete em cada dez toneladas de camarão brasileiro. Os dados municipais refletem a situação desses estados. Enquanto o Ceará teve um crescimento de 25,6% na produção entre 2019 e 2020, o estado norte-rio-grandense cresceu 5,7% no período.
Mesmo assim, o Rio Grande do Norte permanece como maior produtor nacional do crustáceo com 21,9 mil toneladas de camarão em 2020. Essa produção foi calculada em mais de meio bilhão de reais (R$ 565 milhões), o que corresponde a 42,6% do valor de produção de todo o camarão produzido em território nacional.
Em 2020, o Brasil (com produção de 63,2 mil toneladas) cresceu 16,2% na produção do crustáceo em relação ao ano anterior. O valor da produção brasileira chegou a R$ 1,3 bilhão.
Larvas
O município de Canguaretama é o maior produtor de larvas e pós-larvas de camarão do Brasil com 3.650.000 milheiros produzidos em 2020. Também teve destaque no ranking o município de Aracati (3.645.000 milheiros), no Ceará. Com uma produção de 6,6 milhões de milheiros, o Rio Grande do Norte se mantém como maior produtor de larvas e pós-larvas, as formas jovens de camarão. Em 2020, o Brasil produziu 12,5 milhões de milheiros.
Pecuária do RN em 2020
O Rio Grande do Norte tem um rebanho bovino com 988 mil cabeças, o menor do Nordeste e o quarto menor do Brasil. Desse total, Caicó tem 47 mil cabeças, maior rebanho de bois do RN. Na série histórica da pesquisa, o maior efetivo do rebanho bovino potiguar foi de 1.150.028 cabeças em 2009.
O rebanho de ovinos (ovelhas, carneiros e borregos) é de 886 mil cabeças, o quinto maior da região e o sexto maior do Brasil.
Com 7,9 milhões de galináceos (galos, galinhas, frangas, frangos, pintos e pintainhas), o estado tem o segundo menor número da região. As galinhas produziram 71 milhões de dúzias de ovos. As 254 mil vacas ordenhadas foram responsáveis por 290 milhões de litros de leite. O resultado da produção de leite é 10,2% menor do que em 2019, a segunda maior redução observada no Brasil nesse período.
A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) apresenta, entre outros, os efetivos de pecuária dos municípios e a produção de origem animal anualmente.
RN tem sexto maior rebanho de bodes, cabras e cabritos do Brasil
O Rio Grande do Norte tem o sexto maior rebanho de caprinos do Brasil. São 457 mil cabeças, segundo a pesquisa, o que corresponde a 3,8% do rebanho nacional. Desde 2002, o RN ocupa a sexta posição entre os rebanhos caprinos do Brasil.
Os sete estados com maiores rebanhos de caprinos são da região Nordeste. Juntos, eles possuem 94% do rebanho caprino brasileiro. Os caprinos são bodes, cabras e cabritos, independentemente de sexo, idade ou finalidade (produção de carne ou leite).
Com 26 mil cabeças, Apodi tem o maior rebanho caprino do RN, enquanto o município brasileiro com mais bodes, cabras e cabritos é Casa Nova (528 mil) na Bahia.
Produção de mel cresce pelo segundo ano seguido no RN
A produção norte-rio-grandense de mel foi de 599 toneladas em 2020. Em 2019, o estado havia produzido 414 toneladas, o que significa um crescimento de 25% no período. Esse é o segundo crescimento consecutivo depois de sete anos de quedas sucessivas na produção.
Entre os municípios potiguares, as 151 toneladas de mel produzidas em Apodi garantem a sua liderança isolada no estado. Em 2020, o estado registrou a 16ª maior produção nacional e a quarta do Nordeste. O RN já foi o décimo maior produtor de mel do Brasil, em 2009, com 1,1 mil toneladas de mel.
Tags: