Em 2020, as pessoas ocupadas com 14 anos ou mais no Rio Grande do Norte perceberam, como rendimento médio mensal de todos os trabalhos, o valor de 1.940 reais. Esse foi o maior valor observado entre os estados do Nordeste. Quando se trata da média de todos os residentes com rendimento do estado, o RN também ocupa o primeiro lugar da região, com o valor de 1.768 reais.
Apesar disso, estes valores estão bem abaixo dos rendimentos médios mensais para o Brasil, de 2.447 reais para pessoas de 14 anos ou mais e de 2.213 reais para população residente. Os menores valores de rendimento médio mensal foram observados no estado do Maranhão (R$1.401,00 e R$ 1.270,00) e os maiores, no Distrito Federal (R$ 4.215,00 e R$ 3.974,00).
Estes dados são da edição anual da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: Rendimento de todas as fontes 2020, realizada pelo IBGE, e que investiga informações sobre os rendimentos provenientes do trabalho e de outras fontes da população residente no Brasil.
Os indicadores de rendimento médio mensal levantados pela PNAD 2020 evidenciaram a disparidade regional entre estados do Norte e Nordeste e os estados do Sul, Sudeste e Centro-oeste. Nestas três regiões, todos os estados que as compõem registraram maiores valores do que as unidades federativas do Norte e Nordeste.
Cerca de 35% dos domicílios potiguares receberam rendimento de programas sociais
A Pesquisa também investigou rendimentos provenientes de programas sociais, como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros.
Possivelmente influenciado pela adoção de programas de auxílio emergencial durante a Pandemia, o percentual de domicílios com rendimento de “outros programas sociais” teve forte crescimento em todos os estados do país.
No RN, em 2019, apenas 0,8% dos domicílios particulares permanentes tinha rendimentos provenientes desta fonte. No ano seguinte, este percentual chegou a 34,9%. Este indicador coloca o RN como o sexto estado com maior percentual de domicílios recebendo recursos de outros programas sociais, atrás de Piauí (38,7%), Paraíba (38,6%), Alagoas (37,2%), Maranhão (36,9%) e Amazonas (36,1%).
O percentual de domicílios que receberam Bolsa Família sofreu uma forte redução em 2020 em comparação a 2019. No RN, 25,7% dos domicílios particulares permanentes recebiam recursos deste programa social em 2019, percentual que caiu para 10,9%, em 2020. Esta queda foi observada em todos os estados brasileiros.
Por outro lado, houve um aumento no percentual de domicílios potiguares recebendo o BPC, de 4,6% em 2019 para 5,1% em 2020. Além do RN, apenas mais 4 estados tiveram ampliação no percentual de domicílios com este benefício: Acre, Amapá, Sergipe e Mato Grosso do Sul.
Tags: