Domingo, 24 de novembro de 2024

Postado às 13h15 | 11 Fev 2022 | redação EUA, Japão, Holanda e Coreia do Sul pedem que seus cidadãos deixem a Ucrânia

Crédito da foto: Reprodução Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden,

Por G1

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu na quinta-feira (10) aos cidadãos americanos que estão na Ucrânia para que saiam do país devido à ameaça de uma invasão russa. Japão, Coreia do Sul e Holanda também pedem para seus cidadãos saírem.

"Os cidadãos americanos deveriam sair agora. As coisas podem acelerar rapidamente", declarou Biden durante uma entrevista para a NBC News. Ele citou o número de soldados que a Rússia deslocou para a região da fronteira com a Ucrânia: 100 mil.

Biden descartou novamente a ideia de enviar soldados à Ucrânia, nem mesmo para ajudar a retirar os cidadãos americanos em caso de invasão. Isso seria "uma guerra mundial. Quando os americanos e os russos começam a atirar uns nos outros, entramos num mundo muito diferente", afirmou Biden.

O Ministério de Relações Exteriores do Japão publicou nesta sexta uma nota em que pede para seus cidadãos deixarem a Ucrânia imediatamente. Há cerca de 150 japoneses no país, segundo o ministério. A Holanda e a Coreia do Sul também fizeram o mesmo pedido aos seus cidadãos.

A recomendação mais recente do governo brasileiro, de 31 de janeiro, diz que "não há, no momento, nenhuma recomendação de segurança da embaixada brasileira contrária a visitas ou à permanência na Ucrânia".

O g1 perguntou ao Itamaraty e à Embaixada Brasileira em Kiev se houve alguma mudança na recomendação por conta das recentes movimentações, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.

Veja neste texto:

- Chefe da diplomacia dos EUA diz que invasão pode ocorrer a qualquer momento;

- Biden afirma que EUA não vão enviar soldados à Ucrânia;

- A reação dos ucranianos;

- Holanda, Japão e Coreia do Sul pedem para seus cidadãos saírem;

- Russos iniciam manobras militares na Belarus;

- Otan aponta 'risco real' de um conflito armado na Europa pela crise na Ucrânia;

- Relações com Reino Unido estão “perto de zero”, diz ministro russo;

- Países do Ocidente ameaçam Rússia com sanções econômicas.

Um ucraniano de guarda próximo de uma região onde há conflitos com separatistas  no leste do país, em 11 de fevereiro de 2022 — Foto: Oleksandr Klymenko/Reuters

Um ucraniano de guarda próximo de uma região onde há conflitos com separatistas no leste do país, em 11 de fevereiro de 2022 — Foto: Oleksandr Klymenko/Reuters

Nesta sexta-feira, Antony Blinken, o chefe da diplomacia americana, disse que a Rússia continua enviando tropas para sua fronteira com a Ucrânia e afirmou que a invasão pode começar "a qualquer momento", inclusive durante os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecem na China.

"A invasão pode acontecer a qualquer momento e, sejamos claros, pode ocorrer inclusive durante os Jogos Olímpicos", afirmou, referindo-se a hipóteses lançadas sobre o desejo da Rússia de esperar que o evento esportivo termine para não ofuscar seu aliado, a China.

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