Por CNN Brasil
A Rússia iniciou nesta semana a maior ofensiva contra a Ucrânia desde que invadiu o país do Leste Europeu, em fevereiro do ano passado. Entretanto, a grande operação de ataque, que já era esperada, não alterou significativamente em qualquer ponto a linha de frente de combate.
Mas a ofensiva está apenas no começo e os russos estão mobilizando um enorme contingente de homens e material. Nesta quinta-feira (16), a Rússia lançou um “ataque maciço de mísseis contra instalações de infraestrutura”, disparando pelo menos 32 mísseis, segundo a Força Aérea Ucraniana em uma publicação no Telegram.
Moscou está empregando um enorme número de soldados recentemente mobilizados e, de acordo com os ucranianos, mal treinados.
O próprio ministério da defesa russo, Sergei Shoigu, está mandando para a guerra prisioneiros em troca de eventual anistia, se ainda estiverem vivos.
Até aqui, esse é um esquema utilizado apenas pelo grupo Wagner de mercenários, cujo chefe tem exagerado bastante a própria contribuição nos pequenos avanços russos.
As baixas foram consideráveis, mas o emprego deles é acompanhado em alguns pontos de tropas profissionais de melhor nível, principalmente aerotransportadas.
Também houve aumento no ritmo de disparos da artilharia russa, uma arma tradicional na doutrina militar de Moscou.
Os ucranianos e fontes ocidentais esperam, desta vez, um emprego bem mais amplo da força aérea russa.
Há relatos de que os russos estão concentrando grande número de jatos de combate e helicópteros de ataque em áreas bem próximas ao Donbass.
Os russos terão de ser capazes de suprimir as defesas antiaéreas da Ucrânia, que empregou, até aqui, de forma bem sucedida a tática de negar o espaço aéreo ao inimigo, especialmente em baixa altitude.
É a aviação russa da qual se espera que seja capaz de neutralizar os sistemas de artilharia ocidentais que deram aos ucranianos grande vantagem em destruir a logística dos invasores no ano passado.
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