Segunda-Feira, 23 de dezembro de 2024

Postado às 13h15 | 11 Out 2023 | redação Governo israelense diz que há brasileiros entre os reféns do Hamas

Crédito da foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa Um menino palestino sentado em uma casa danificada vista através dos escombros, após os ataques isra

Por g1

O Ministério da Defesa de Israel disse nesta quarta-feira (11) que há brasileiros entre as pessoas feitas de reféns pelo Hamas em Gaza.

Segundo o governo israelense, cerca de 150 pessoas foram feitas de reféns durante a invasão do Hamas neste sábado (7). Entre as pessoas sequestradas e levadas para Gaza estão idosos, crianças e mulheres, inclusive a DJ Shani Louk que participava do festival de música Universo Paralello.

"Há (entre os reféns) norte-americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, argentinos e ucranianos", disse o porta-voz Jonathan Conricus.

Karla Stelzer Mendes, uma brasileira que estava no festival de música eletrônica Universo Paralello, está entre as pessoas desaparecidas, no entanto não há confirmação de que ela esteja mantida refém pelo Hamas.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse, durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (11), que não pôde confirmar a localização de Karla e nem se há brasileiros detidos pelo Hamas.

Outros dois brasileiros desaparecidos, Bruna Valeanu e Ranani Glazer, foram encontrados mortos em Israel.

A presença de reféns em Gaza tem dificultado os esforços de Israel para retaliar os ataques do Hamas. Segundo a agência de notícias Reuters, o país estaria estudando uma ofensiva terrestre no enclave, enquanto o grupo militante ameaçou executar um refém para cada casa atingida por Israel.

Ataques israelenses

Um menino palestino sentado em uma casa danificada vista através dos escombros, após os ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 11 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Um menino palestino sentado em uma casa danificada vista através dos escombros, após os ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 11 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Ao todo, 2.300 pessoas morreram até a manhã desta quarta-feira (11), segundo os dois lados.

Após a ofensiva do Hamas, Israel contra-atacou bombardeando Gaza. A região, que é uma estreita faixa de terra com cerca de 40 quilômetros de comprimento, situada entre Israel, o Egito e o Mar Mediterrâneo, sofreu com ataques e um bloqueio total.

Israel bloqueou a passagem de alimentos, água, combustível e medicamentos na Faixa de Gaza.

Nesta quarta-feira (11), o Hamas disse que a única usina de energia da região não estava mais operando.

As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter feitos novos bombardeios contra a Faixa de Gaza, destruindo alvos ligados ao grupo terrorista. No entanto, autoridades locais alegam que diversos alvos civis também foram atingidos. Foram mais de 400 ataques nas últimas 24 horas, sendo ao menos 200 só nesta quarta.

A agência da ONU para refugiados palestinos informou que nove de seus funcionários foram mortos com os ataques aéreos.

Juliette Touma, diretora de comunicações, disse que os ataques mataram os funcionários da ONU dentro de suas casas.

Outro ataque israelense, segundo autoridades do Hamas, atingiu a casa da família de Mohammad Deif, um dos dois líderes militares do grupo terrorista. O bombardeio matou o pai e o irmão de Deif, além de outros dois parentes. O paradeiro de Deif segue desconhecido.

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