Por CNN
Países da América Latina divulgaram um comunicado expressando “profunda preocupação” pela “detenção arbitrária da ativista de direitos humanos Rocío San Miguel” na Venezuela, exigindo sua libertação imediata. O Brasil não assinou a nota conjunta.
O documento foi assinado por Argentina, Equador, Paraguai e Uruguai e pela Costa Rica, abordando também a expulsão de funcionários do órgão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Da mesma forma, rejeitam as recentes medidas contra o Gabinete de Assessoria Técnica do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela e exigem o pleno respeito pelos direitos humanos, a validade do Estado de direito e a convocação de eleições transparentes, livres, democráticas e competitivas, sem banimentos de qualquer tipo”, dizem.
Expulsão de funcionários da ONU
O governo venezuelano deu o prazo de três dias para funcionários do órgão de direitos humanos das Nações Unidas deixem o país, anunciando que revisará a cooperação com a organização.
Além disso, tomou a decisão de “suspender as atividades da assessoria técnica do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e realizar uma revisão holística dos termos da cooperação técnica”.
O comunicado da administração de Nicolás Maduro diz que o escritório de direitos humanos da ONU, que opera na Venezuela desde 2019 e tem 13 funcionários no país, deve corrigir sua “atitude colonialista, abusiva e violadora”.
Segundo a nota, o órgão desempenhou um papel “inapropriado” no país e apoiou a impunidade das pessoas envolvidas em tentativas de assassinato, golpes, conspirações e outras conspirações.
Horas depois, a ONU afirmou que irá “avaliar os próximos passos” e que lamenta o anúncio da Venezuela.
“Nosso princípio tem sido e continua sendo a promoção e proteção dos direitos humanos do povo da Venezuela”, disse a porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Ravina Shamdasani, em resposta a perguntas da Reuters.
(Com informações da Reuters)
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