Sexta-Feira, 22 de novembro de 2024

Postado às 15h00 | 31 Jul 2024 | redação Líder do Hamas, Ismail Haniyeh, é assassinado em Teerã; Brasil condena

Crédito da foto: Reprodução Ismail Haniyeh, líder sênior do Hamas

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, foi assassinado em Teerã, no Irã. O comunicado iraniano não forneceu detalhes sobre as circunstâncias da morte de Haniyeh. A televisão estatal iraniana noticiou o assassinato na manhã desta quarta-feira, 31.

Haniyeh estava em Teerã para comparecer à cerimônia de posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, na terça-feira, dia 30. O Irã não deu detalhes sobre como Haniyeh foi morto, e a Guarda disse que o ataque estava sob investigação.

A responsabilidade pelo ataque não foi imediatamente reivindicada, mas suspeitas recaem sobre Israel, que havia prometido retaliar os líderes do Hamas após o ataque do grupo em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.200 pessoas e cerca de 250 reféns.

Israel, conhecido por sua política de não comentar ações atribuídas à sua agência de inteligência, o Mossad, não se manifestou sobre o incidente. Nos últimos anos, Israel tem sido acusado de realizar uma campanha de assassinatos visando cientistas nucleares iranianos e figuras ligadas ao programa nuclear do país.

Desde o início de sua campanha contra o Hamas, Israel é acusado de matar mais de 39.360 palestinos e ferir mais de 90.900, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, que não distingue entre civis e combatentes.

A Casa Branca não se manifestou de imediato sobre o caso. O aparente assassinato ocorre em um momento delicado, com o governo Biden tentando pressionar Hamas e Israel a aceitarem ao menos um cessar-fogo temporário e um acordo para a libertação de reféns.

Fonte: Associated Press.

 

PROTESTO

O governo brasileiro condenou “veementemente” nesta quarta-feira (31) o assassinato do chefe do Escritório Político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, capital do Irã.

Em comunicado, o Itamaraty declarou que atos de violência dificultam a busca por estabilidade no Oriente Médio e a solução do conflito na Faixa de Gaza.

O Brasil também criticou o que chamou de “desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas”.

A nota do Itamaraty defende “conter o agravamento das hostilidades” e reitera pedido de cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza “para interromper a grave escalada de tensões no Oriente Médio”.

“O Brasil reitera o apelo a todos os atores para que exerçam máxima contenção, de modo a impedir que a região entre em conflito de grandes proporções e consequências imprevisíveis, às custas de vidas civis e inocentes, bem como exorta a comunidade internacional para que envide todos os esforços possíveis com vistas a promover o diálogo e conter o agravamento das hostilidades”, afirmou o ministério.

Haniyeh atuava como rosto da diplomacia internacional do Hamas. Desde 7 de outubro do ano passado, o Hamas e o governo de Israel estão em conflito armado.

Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do grupo radical islâmico, afirmou que o assassinato “não será em vão”.

Além disso, conforme a CNN mostrou, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou ser dever de Teerã vingar a morte do líder do Hamas, já que ocorreu na capital iraniana.

O líder do Hamas foi morto horas depois de comparecer à cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. O evento também teve a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), enviado ao Irã para representar o Brasil.

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