Da Agência Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu que algumas vezes não conseguiu, durante o seu governo, obter o apoio da opinião pública americana para anular os ataques que sofreu de integrantes do Partido Republicano, legenda que tem maioria no Congresso.
Obama citou como exemplo disso sua frustrada decisão de nomear o juiz Merrick Garland para a Suprema Corte. A nomeação foi feita em março do ano passado, mas os senadores republicanos impediram a indicação de Garland ao Supremo Tribunal durante vários meses. Agora, com a posse do presidente eleito Donald Trump, no próximo dia 20, a possibilidade de condução de Garland à Suprema Corte ficou completamente descartada.
Em sua última entrevista antes de deixar o governo, o presidente norte-americano menciona o episódio para dizer que perdeu, algumas vezes, "a batalha de relações públicas". A entrevista foi dada ao programa "60 Minutos", que tem uma das maiores audiências da televisão americana. A entrevista vai ao ar no domingo (15), mas a emissora pela qual o programa é transmitido - a CBS -, antecipou nessa quinta-feira (12) alguns pontos abordados por Obama.
O presidente afirmou que conseguiu imprimir, no entanto, um estilo correto na administração do país. "Fazemos parte da primeira administração da história moderna que não teve um grande escândalo na Casa Branca", acrescentou.
Descontando alguns casos em que não ganhou a batalha de relações públicas, como a recusa do Senado em confirmar a indicação do juiz Garland para a Suprema Corte, Obama disse que em outras situações conseguiu moldar a opinião pública. "E fomos muito eficazes, eu fui muito eficaz na formação da opinião pública em torno das minhas campanhas". Para conseguir isso, porém, ele lembrou que teve que tomar iniciativas para mobilizar a opinião pública com firmeza, para enfraquecer a determinação dos republicanos de se opor ao seu governo.
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