Da Agência EFE
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciará nesta sexta-feira (13) a decisão sobre o pacto nuclear multilateral assinado com o Irã em 2015 e a nova estratégia para se relacionar com o país, informou a Casa Branca. A informação é da Agência EFE.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, explicou durante sua entrevista coletiva nesta quinta-feira (12) que Trump fará o anúncio por volta das 12h45 locais de amanhã (13h45 em Brasília).
Trump tem que anunciar antes de domingo se considera que o Irã está cumprindo o acordo multilateral para limitar seu programa atômico, em troca do fim das sanções internacionais contra o país.
A expectativa é que Trump declare que o Congresso dos EUA deve revisar o acordo porque ele não atende ao "interesse nacional" do país, algo que pode representar o início do fim do pacto.
A nova estratégia do presidente foi antecipada por vários veículos da imprensa americana, apesar de a Casa Branca ter mantido silêncio sobre o assunto desde a revelação de Trump em setembro de que a decisão sobre o acordo com o Irã já estava tomada.
Segundo os principais jornais do país, Trump planeja eliminar a "certidão governamental" que diz que o pacto atende aos interesses nacionais dos Estados Unidos.
Essa medida não representa uma saída do acordo, mas abre um prazo de 60 dias para que o Congresso revise o pacto e avalie os próximos passos a serem tomados, incluindo possíveis sanções ao Irã.
A porta-voz da Casa Branca destacou nos últimos dias que o presidente estabelecerá uma "estratégia ampla" que não abordará apenas o acordo nuclear, mas também o "mau comportamento do Irã", exemplificado nos recentes testes de mísseis balísticos e na acusação de que o país é "patrocinador do terrorismo".
O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou ontem (11) que seu país está unido na defesa do acordo nuclear - pacto firmado também com Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia - e que uma decisão contrária de Trump representaria um "fracasso" para EUA.
Outro ponto que tem gerado apreensão em Teerã é a possibilidade de o governo Trump designar como grupo terrorista a Guarda Revolucionária do Irã, uma linha vermelha para o regime dos aiatolás.
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