Da Agência Brasil
No dia 16 de julho de 1969, o ser humano iniciava uma grande jornada, que alcançaria o ponto mais alto no dia 20 e voltaria a tocar o solo terrestre no dia 24.
A série de reportagem especial da Rádio Nacional conta como essa aventura inspirou artistas e desenvolveu tecnologia para o cotidiano.
A missão Apollo 11, que levou seres humanos a caminhar pela superfície da Lua pela primeira vez, durou 8 dias, 3 horas, 18 minutos e 35 segundos, desde o lançamento do foguete Saturno 5, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, até o pouso da cápsula que trouxe Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins de volta à Terra.
O civil Neil Armstrong, que tinha sido piloto de teste, era o comandante da missão Apollo 11; o comandante do módulo lunar Eagle - Águia, em inglês - era o piloto da Força Aérea dos Estados Unidos Michael Collins e o piloto do Eagle foi Buzz Aldrin, também militar da Força Aérea.
O Eagle tocou o solo da Lua às 16h18, no horário da Flórida, mas só às 22h56 da noite, 23h56 aqui no Brasil, Neil Armstrong saiu do módulo lunar e, com o pé esquerdo, deu aquele pequeno grande passo.
Mais de 3 mil jornalistas de 56 países acompanharam o lançamento da Apollo 11 no centro espacial e levaram informações atualizadas ao público ao redor do mundo, cerca de um bilhão de pessoas.
Naquele 20 de julho de 1969, os Estados Unidos venciam a corrida espacial, que fazia parte da Guerra Fria travada contra a União Soviética. Apesar de ser soviética a primeira sonda não tripulada a tocar a Lua 10 anos antes, foi a Apollo 11 a primeira missão a levar à Lua e trazer de volta, em segurança, três astronautas.
A chegada do homem à Lua, no dia 20 de julho de 1969, só foi possível, porque a tecnologia permitiu. Equipamentos usados pelos astronautas naquela época, hoje fazem parte do nosso dia a dia.
Entre eles, os computadores de bordo de aviões e carros; a comida armazenada a vácuo, que dura muito mais tempo; mantas térmicas, com aquela aparência de papel laminado, muito usadas no fim de maratonas e em resgates; sistemas de amortecimento contra terremotos; e baterias recarregáveis para aparelhos auditivos.
Chegar à Lua trouxe conhecimentos sobre a formação da Terra e do Sistema Solar, mas frustrou quem imaginava que o satélite seria uma fonte de recursos.
A última missão tripulada à Lua foi a Apollo 17, de 1972. Desde então, volta e meia alguém fala-se em explorar o terreno lunar ou fazer turismo. Até agora, são opções pouco viáveis.
Já que não existem motivos para explorar comercialmente a Lua, ao que tudo indica está na hora de usar o satélite como um trampolim. A Nasa anunciou que astronautas vão voltar a pisar na Lua em 2024 e, em 2028, deve instalar uma colônia sustentável, para permitir a missão Marte, já na década seguinte.
Que a Lua está na órbita da Terra a gente já sabe. Mas o que orbita a Lua? Além de um satélite que fotografa bem de perto a superfície do nosso satélite natural, podemos dizer que a música, o cinema e a astrologia. São associações bem pouco científicas, mas muito humanas.
Ao som de um tema de John Williams, a Lua protagonizou a cena mais marcante de “E.T.”, em 1982.
Inclusive, a Lua está presente no cinema desde que começamos a apreciar as telonas. O clássico “Viagem à Lua” é de 1902. Depois vieram “A Mulher na Lua”, “Destino à Lua”, “O Lado Sombrio da Lua”, “Apollo 13” e, o mais recente, “O Primeiro Homem”. Isso sem contar os filmes de lobisomem.
Mas, de acordo com astrônomos, o filme que melhor retrata a Lua é “2001: Uma Odisseia no Espaço”, lançado em 1968 - um ano antes da chegada ao satélite.
Se no cinema já é assim, imagina quando o assunto é música. Frank Sinatra cantando “Blue Moon”; David Bowie, com “Space Oddity”; Pink Floyd, com “Dark Side of The Moon”. Além, é claro, daquele passinho para trás do Michael Jackson, o “Moonwalk”. Os Arctic Monkeys abriram um hotel e cassino no local onde o módulo lunar da Apollo 11 pousou, em 20 de julho de 1969, o Mar da Tranquilidade, que, em inglês, é a “Tranquility Base”.
Por aqui, Cely Campello fez história ao lançar uma das músicas que inaugurou o rock no Brasil, “Banho de Lua”. O Rei, Roberto Carlos, foi procurar uma namoradinha, em “Na Lua Não Há”. E Os Paralamas do Sucesso, fizeram poesia em “Tendo a Lua”.
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