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Postado às 09h45 | 11 Set 2021 | redacao 11 de setembro: há 20 anos o terrorismo assombrava o mundo

Crédito da foto: Reprodução Destruição das Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2021

Por Fabiano Souza / Repórter do JORNAL DE FATO

Quando se cita o “11 de setembro”, poucas pessoas em todo mundo não sabem do que se trata. A data que marca os ataques suicidas contras os Estados Unidos que mudaram os rumos do século 21 completa hoje (11) 20 anos. Ninguém esquece onde estava, o que estava fazendo naquele momento, minutos, horas e dias que se seguiram a estes atentados executados pelo grupo extremista Al Qaeda, comandado por Osama Bin Laden. A destruição das torres gêmeas do World Trade Center foi o símbolo de caos e tristeza, não apenas para uma nação em particular, mas para o mundo, no geral.

A equipe do Jornal DE FATO fez um levantamento junto a diversos veículos de comunicação em todo o país sobre as mais diversas óticas do que representaram a série de ataques terroristas promovidos nos Estados Unidos naquela manhã, e que marcaram para sempre o dia 11 de setembro na memória de milhões de pessoas em todo o planeta.

De acordo com texto divulgado pela BBC News-Brasil, poucos acontecimentos ganham lugar na história com o nome de sua data. Sem necessidade de dizer o que ocorreu naquele dia, o marco no calendário sugere uma nova realidade — por isso, muitos acontecimentos conhecidos dessa forma são marcos nacionais, como "o 4 de Julho" (independência dos EUA), "o 14 de Julho" (queda da Bastilha na França) ou, no Brasil, "o 7 de Setembro".

Dada a importância desse marco, o que todas as reportagens mostram em comum é o fato de que naquela data, em 2001, terroristas sequestraram e tomaram o controle de quatro aviões de passageiros. Um deles foi atirado contra o Pentágono, em Washington. Outro caiu em um campo aberto na Pensilvânia. Os dois últimos aviões protagonizaram cenas tão assustadoras quanto impressionantes, ao serem lançados contra as duas torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque.

Esses ataques resultaram na morte de 2.977 pessoas, e mais de seis mil ficaram feridas.

O mundo inteiro parou naquela manhã de terça-feira de setembro, no primeiro ano do século XXI, quando a primeira aeronave atingiu a torre norte, às 8h46 da manhã, no horário local. Isso porque os canais de TV passaram a transmitir ao vivo imagens do prédio em chamas, e o desespero das pessoas que tentavam sair de lá. Poucos minutos depois, às 9h03... o que parecia ser um replay do que tinha sito transmitido pela televisão, na verdade era o segundo avião sequestrado que atingia a torre sul do World Trade Center.

Duas horas depois, as duas torres desabaram na Ilha de Manhattan, levando consigo milhares de vítimas que não conseguiram sair dos prédios.

A matéria do jornalista Daniel Ito da Rádio Nacional – Brasília, relata que na hora dos ataques terroristas em Nova Iorque, a brasileira Marislei Nadeau estava trabalhando em Manhattan. Ela sempre se emociona ao lembrar-se do cenário que testemunhou naquele dia.

Outra brasileira que estava em Nova Iorque no momento dos ataques foi Karina Tyler, que trabalha no mercado financeiro. Na época, ela tinha vinte anos. Karina conta que enfrentou dificuldades para deixar a Ilha de Manhattan depois que os aviões atingiram as torres gêmeas.

Os ataques de 11 de setembro de 2001 impactaram a política externa dos Estados Unidos. Juliano Cortinhas, que é professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, explica que a partir dos atentados, o país norte-americano passou a priorizar a temática do terrorismo e direcionou suas ações com mais força em direção ao Oriente Médio.

Anos depois, no local onde estavam as torres gêmeas, foram construídos outros dois prédios de escritórios. Um deles, o One World Trade Center, está entre os edifícios mais altos do mundo, com 541 metros de altura. O local ainda deve abrigar outros três edifícios, além de um memorial às vítimas do 11 de setembro de 2001.

O 11 de Setembro é considerado o ataque com o maior número de mortos da história. Além disso, foi uma tragédia que mudou, em vários aspectos, os rumos do mundo.

 

Norte-americanos realizam cerimônia de 20º aniversário em homenagem às vítimas

Os Estados Unidos recordam neste sábado (11) o 20º aniversário dos mais graves atentados de sua história, com o presidente Joe Biden sofrendo as consequências pelo final caótico da guerra no Afeganistão, iniciada em represália justamente aos ataques executados pela Al-Qaeda que abalaram o mundo.

O presidente Biden e sua esposa Jill são aguardados em Nova York para participar na cerimônia de homenagem durante a qual, como acontece a cada ano, serão lidos os nomes das 2.977 pessoas que morreram nos ataques.

O casal presidencial, que será acompanhado por outros ex-presidentes na cerimônia, seguirá pouco depois para a Pensilvânia e ao Pentágono, onde também prestarão homenagens às vítimas e depositarão coroas de flores. Não está previsto nenhum discurso do chefe de Estado.

O Marco Zero de Manhattan, onde ficavam as Torres Gêmeas, se tornou um local de peregrinação e homenagem aos falecidos. Os dois edifícios foram substituídos por um monumento, uma imensa fonte com formato de piscina cujas paredes funcionam como suaves cascatas e têm os nomes gravados das 2.753 vítimas de Nova York.

Passados 20 anos, a emoção segue intensa em um país que ficou em estado de choque com os atentados de 11 de setembro de 2001.

As informações de jornalistas e brasileiros que hoje vivem nos Estados Unidos são de que a dor ainda está viva não apenas nas famílias dos mortos, mas em todo o povo americano. “Tenho percebido que à medida que vai se aproximando a data, as pessoas parecem mais sensação de que as pessoas parecem mais tristes e apreensivas, com as lembranças da tragédia”, afirma o repórter fotográfico Raul Pereira que reside na Flórida.

A gerente de hotel, Shastine Mari que reside em Clearwater/Flórida diz que no 11 de setembro a única coisa que ela pensa é ficar em casa trancada chorando por seus compatriotas mortos. “Eu tinha 16 anos da época e até hoje lembro de todo aquele terror. Só tenho vontade de ficar em casa trancada, porque ainda tenho muito medo”, disse.

Ninguém esquece onde estava, o que estava a fazer e os segundos, minutos, horas e dias que se seguiram a estes atentados, que foram símbolo de caos e tristeza para uma nação em particular e para o mundo, no geral. Mas, certamente, há muita informação que se perdeu nas nossas mentes.

 

EUA identificam mais duas vítimas dos ataques 20 anos depois

Essa semana, exatamente 20 anos depois da tragédia, o jornal New York Times publicou material confirmando que o Departamento de Perícia Médica de Nova York conseguiu identificar formalmente mais duas vítimas do 11 de Setembro nos Estados Unidos. Uma delas se chama Dorothy Morgan, que vivia em Hempstead, no Condado de Nassau. A segunda vítima, um homem, não teve o nome revelado a pedido da família.

Com a atualização, chega a 1.647 o número de pessoas identificadas após o ataque terrorista no World Trade Center em 11 de setembro de 2001.

O trabalho é resultado de análises contínuas de DNA de restos mortais recuperados no local da tragédia.

"Vinte anos atrás, fizemos uma promessa às famílias das vítimas do World Trade Center de fazer o que fosse necessário pelo tempo que fosse necessário para identificar seus entes queridos. (...) Não importa quanto tempo passe, nunca esqueceremos do 11 de Setembro e nos comprometemos a usar todas as ferramentas à nossa disposição para garantir que todos aqueles que foram perdidos possam se reunir com suas famílias", ressaltou Barbara A. Sampson, chefe do departamento, em comunicado.

Atualmente, 1.106 pessoas - aproximadamente 40% dos que morreram no ataque - ainda não foram formalmente reconhecidas.

De acordo com o jornal, a investigação relacionada ao 11 de Setembro é a maior ação de busca de pessoas desaparecidas já realizada nos Estados Unidos. Durante 20 anos, equipes de peritos têm testado repetidamente 22 mil pedaços de restos mortais encontrados nos destroços.

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