As Seções Natal e Mossoró do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) estiveram reunidos com servidores e servidoras do IFRN nesa quarta-feira (9), para discutir o retorno presencial na instituição. Para as seções sindicais, o atual momento está sendo marcado pelo agravamento da pandemia, com aumento no número de contaminações, internações graves e de mortes, e o mais prudente seria que o retorno das atividades presenciais no instituto seja realizado somente no próximo semestre letivo, que se inicia em maio.
A Coordenadora Geral do Sinasefe Mossoró, Francineide Torres, lembrou que desde o início do debate sobre o retorno presencial, as seções sindicais têm acompanhado de perto todas as discussões e estão atentas aos dados apresentados pelos órgãos competentes a respeito da pandemia. Para a professora, o retorno seguro é o mais importante nesse momento.
Thiago Augusto, servidor Campus Natal-Central, lembrou que os servidores técnico-administrativos voltaram ao trabalho presencial desde maio do ano passado e que mesmo permanecendo no esquema de rodízio é preciso discutir a segurança desse grupo de trabalhadores. Para Thiago, o sindicato precisa estar atento à situação dos TAEs na pandemia.
O servidor do Campus Zona Norte, Pablo Spinelly, comentou que foi pego de surpresa ao saber que vários grêmios estão defendendo o retorno presencial. Pablo fez um relato pessoal sobre o que vivenciou recentemente com a Covid-19. “Minha esposa é professora da rede privada e estava trabalhando presencialmente. Apesar de todos os cuidados, pegamos Covid, nossas filhas, de 6 meses e 4 anos, também. Foram dias de muito desespero e pânico dentro de casa. Felizmente estamos recuperados da doença, mas as sequelas deixadas pela doença continuam e vão demandar um longo tratamento para serem controladas”, explicou o professor.
A diretora do SINASEFE Mossoró, Socorro Paulino, também se mostrou preocupada com essa questão. Para a servidora, não está se considerando que um grande número de servidores convalescentes pode paralisar o IFRN. “Estamos vivendo um momento diferente da pandemia, agora não são mais os governantes que estão impondo o lockdown, mas o vírus. O alto número de pessoas contaminadas tem parado organizações inteiras”, pontuou Socorro.
Deliberações - Após o momento das falas, os servidores deliberam pela construção coletiva de um ofício que será entregue à Reitoria do IFRN. Entre os apontamentos que estarão contidos no documento estão: a permanência no ensino online até que a pandemia seja controlada; planejamento seguro para o retorno presencial; realização de uma campanha de vacinação pelo IFRN; testagem permanente nos campi; a exigência do passaporte vacinal; adoção de medidas para promoção da saúde psicológica e emocional dos servidores e o acompanhamento da pandemia no IFRN, com os números atualizados sobre como está a transmissibilidade da Covid-19 na Instituição.
O Coordenador Geral do Sinasefe Mossoró, José Amaral, destacou a importância dos depoimentos apresentados na reunião e das deliberações coletivas acordadas entre a base e as direções sindicais. Para Amaral está clara a urgência de preservar a vida dos servidores do IFRN em meio ao avanço da pandemia
“Os servidores técnico-administrativos e docentes entendem que com a chegada dessa terceira onda de contaminação, que ainda não atingiu seu pico, seria muito mais sensato mantermos o ensino remoto até o final do semestre 2020 1.2, em março. O retorno das atividades presenciais se daria em maio, e até lá teríamos como preparar a escola de forma bem efetiva e elaborada para esse novo momento”, destacou Amaral.
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