Prefeito Allyson Bezerra deve apresentar proposta hoje
Por Amina Costa / repórter do JORNAL DE FATO
Nesta quinta-feira, 24, os servidores públicos da educação municipal se reúnem com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, para tratar sobre o reajuste do piso de 33,24% que é direito da categoria. A reunião ocorre após uma forte movimentação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) nas redes sociais e após a assembleia na qual foi aprovado o indicativo de greve.
Na reunião, os servidores esperam que o gestor municipal cumpra a lei e conceda o piso salarial da categoria. “Para essa reunião, espera-se o cumprimento do Piso, nada além disto, pois é uma lei e lei se cumpre. Além disto, o respeito ao nosso Plano de Cargos, Carreira e Remuneração”, informou a assessoria de imprensa do Sindiserpum à reportagem do Jornal de Fato.
Na semana passada, os professores aprovaram o indicativo de greve, com 95,9% dos votos dos servidores presentes na assembleia virtual. Na ocasião, os servidores relembraram o desrespeito da gestão municipal com o servidor público, uma vez que, além do piso salarial, o Executivo não deu retorno sobre as reivindicações feitas pelas categorias, apresentadas desde dezembro de 2021.
“O prefeito não está cumprindo o que prometeu durante a campanha, que foi a valorização do servidor público. Ele acha que valorizar o professor é retirar direitos, não pagar os reajustes concedidos por lei e fazer perseguição com o servidor público?”, questionou a presidente do sindicato à reportagem.
Ao ser questionada qual seria a proposta de pagamento feita pelo prefeito, que seria aceitável para a categoria, a assessoria do sindicato informou que não iria se antecipar e preferia aguardar um posicionamento da gestão em relação ao assunto. “Não vamos nos antecipar, esperaremos as propostas do Executivo e que venham com responsabilidade e respeito aos nossos direitos”, informou a assessoria do Sindiserpum.
Na sexta-feira, 25, os servidores da educação municipal voltarão a se reunir em assembleia para discutir sobre as propostas lançadas pelo prefeito. Após as discussões, os professores do município votarão pela deflagração ou não da greve da categoria. “Teremos assembleia na sexta-feira, 25, para avaliar as propostas e, dependendo do que seja apresentado, decidir se deflagra-se uma greve ou não”, informou.
A assessoria do sindicato informa que os servidores vivem uma expectativa em relação a essa reunião, mas não se mostram otimistas quanto ao desenrolar da mesma. Isso ocorre porque as últimas ações do prefeito dão a entender que ele não pagará o reajuste do piso salarial e que, caso decida pagar, deverá propor condições que não são favoráveis para os servidores. “O cenário é de expectativa, e pelas últimas ações tanto do prefeito como de uma fala da secretária de Educação, não há otimismo”.
“Precisamos de respostas e é uma pena que a gestão só funcione na base da pressão. O ofício com as pautas da educação foi protocolado no dia 15 de dezembro do ano passado. Então, é preciso chegarmos no limiar de uma greve para que o gestor resolva nos ouvir. Se é este o caminho que temos, é ele que vamos seguir”, informa o sindicato.
É importante lembrar que o ano letivo de 2022 está programado para ser iniciado no dia 7 de março, após o carnaval. A perspectiva da Secretaria de Educação é de que as aulas sejam retomadas em formato presencial. No entanto, caso os professores deflagrem a greve, as aulas serão suspensas, por tempo indeterminado.
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