Padre Flávio Augusto, vigário-geral da Diocese, recebeu a imprensa na manhã desta segunda-feira para apresentar detalhes da obra de revitalização da Catedral de Santa Luzia. A primeira etapa contemplará o som, acústica, piso e toda parte elétrica
O padre Flavio Augusto Forte Melo, vigário-geral da Diocese de Mossoró, recebeu profissionais de imprensa no início da manhã desta segunda-feira, 30, para apresentar detalhes da obra de revitalização da Catedral de Santa Luzia. A primeira etapa contemplará o som, acústica, piso e toda parte elétrica. A obra terá duração de quatro meses.
A Catedral já está vazia para o início dos serviços. Nesse período, as atividades religiosas serão celebradas na Igreja Coração de Jesus (durante a semana com missas, batizados e casamentos) e as missas aos domingos terão como local o Ginásio de Esportes do Colégio Sagrado Coração de Maria (Colégio das Irmãs), centro da cidade.
A primeira etapa faz parte de um projeto maior de revitalização da Catedral e que será realizado dentro de um cronograma estabelecido de acordo com as condições financeiras e de tempo da Diocese.
Uma das novidades do projeto é a construção de uma cripta (capela no subsolo), como as que existem em edifícios de funções sagradas de todo o mundo, mas ficará para a última etapa do projeto, levando em conta estudos técnicos e de engenharia.
O projeto foi elaborado pelo Apostolado Litúrgico Arquitetura das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre, em São Paulo. É o mais famoso escritório de arquitetura sacra do país, especializado em projetos arquitetônicos de construção, reforma, interiores e vitrais, bem como o desenho e execução de painéis artísticos.
Como se trata de uma obra que demandará recursos de valores elevados, a Diocese vai executar por etapa. A sequência dependerá do orçamento de cada etapa. O calendário será elaborado de uma forma que a catedral não passe tanto tempo fechada, devendo, inclusive, ser reaberta ao final de cada fase do projeto.
No café da manhã com os jornalistas, padre Flávio Augusto Forte Melo, que é pároco da Catedral de Santa Luzia, disse que a ideia é promover uma repaginada bastante significativa, principalmente na parte interna da catedral. Em uma das etapas a igreja ganhará novos vitrais, piso, portas, bancos, climatização e o uso de energia solar.
Padre Flávio entende como necessária a mudança e vê importância em mudar a arquitetura da catedral de Santa Luzia. “Entendemos que a catedral precisa ganhar cara para alguém que entre e queira rezar, quando sair, tenha o sentimento da dimensão da Diocese de Mossoró”, explicou, ao ressaltar que “a mudança terá importância sob o ponto de vista simbólico”.
As reformas como todo projeto de construção, decoração de interiores, seguem as diretrizes elaboradas pelo Concílio Vaticano II, de acordo com as quais a arte sacra deve visar a beleza nobre, mais que a suntuosidade e que as novas igrejas devem ser apropriadas às celebrações litúrgicas com a participação dos fiéis.
A História
A capela de Santa Luzia é datada de 5 de agosto de 1772. Conta a história que o sargento-mor da ribeira de Mossoró, Antônio de Souza Machado, e sua esposa Rosa Fernandes foram autorizados a construir uma capela na fazenda Santa Luzia, de sua propriedade.
Décadas depois, em 1801, Rosa Fernandes, já viúva, doou o patrimônio da capela de Santa Luzia. Em 1830, foi feita uma reforma na capela, que recebeu uma imagem de Santa Luzia de Mossoró, em madeira, esculpida em Portugal.
A capela era ligada à freguesia do Apodi até 1842, ano em que foi elevada à categoria de igreja matriz. Com o crescimento de Mossoró, a capela ficou pequena para atender às necessidades da população. Foi quando, em 24 de março de 1858, iniciou-se a sua reconstrução no mesmo local. A obra demorou dez anos e a igreja foi reinaugurada ainda sem a conclusão das torres, que só ficariam prontas em 1910.
Em 28 de julho de 1934, com a criação da Diocese de Mossoró, a igreja de Santa Luzia foi elevada à categoria de catedral diocesana.
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