Por Edinaldo Moreno / Repórter do JORNAL DE FATO
Pela última atualização da Secretaria Estadual de Saúde do RN, Mossoró registra 195 casos prováveis de dengue e 53 casos confirmados da doença. A incidência para cada grupo de 100 mil habitantes chega a 64,19. Já em relação à chikungunya, são 75 casos prováveis e 40 confirmados. A incidência atinge 24,69 para cada 100 mil habitantes. Por fim, são apenas 6 casos prováveis de zika com uma confirmação. Neste caso, a incidência fica em 1,98 para o mesmo total de habitantes.
No início da segunda quinzena de maio, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Mossoró divulgou o segundo resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa). O índice neste segundo momento foi maior do que o registrado no primeiro levantamento, realizado entre o final de janeiro e início de fevereiro deste ano. O índice anterior ficou em 3,7 e o atual subiu para 4,1.
Essa nova amostra, que é realizada a cada três meses, ocorreu entre os dias 2 e 6 do mês passado. O LIRAa mais recente estima que a cada 100 imóveis no nosso município, quatro deles têm foco positivo da dengue.
Ainda de acordo com o levantamento, os bairros que atingiram índice acima de 5,0 foram Boa Vista, Dom Jaime Câmara, Santo Antônio, Bom Jardim, Planalto 13 de Maio, Santa Delmira e Aeroporto. Já os que apresentaram LIRAa abaixo de 2,0 foram Santa Júlia, Redenção, Monsenhor Alfredo Simonetti, Doze Anos, Centro, Nova Betânia, Bom Jesus e Itapetinga.
Quando o índice de infestação predial está acima de 4, como é o que mostra o mais recente levantamento, a cidade fica em alto risco. Quando esse índice fica entre 1,0 e 3,9 considera-se que o município está em médio risco; e quando ele está abaixo de 1,0, é de baixo risco.
O que são arboviroses?
As arboviroses são doenças reemergentes, transmitidas por vetores como Aedes aegypti, que dada a sua capacidade, podem transmitir uma série de agentes infecciosos virais. Existem muitas doenças transmitidas por vetores no Brasil e no Rio Grande do Norte, dentre estas se destacam a Dengue, Chikungunya e Zika.
Os sintomas iniciais das arboviroses podem ser semelhantes e clinicamente inespecíficos, sendo imprescindível observar a diferenciação dos sintomas para que se possa conduzir o tratamento do caso de forma adequada.
As arboviroses apresentam sinais e sintomas comuns entre si, como febre, dores nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos no caso da chikungunya e zika.
RETRANCA
Sesap ressalta trabalho qualificado no combate às arboviroses
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) explica que realizará oficinas de integração entre agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. A pasta informa que elas acontecerão em todas as regiões de saúde com todos os municípios.
Afirma ainda que, além das capacitações, a Sesap vem se organizando como um todo, inclusive preparando a rede de assistência à saúde para receber as pessoas que precisam de internação devido ao agravamento das arboviroses.
O apoio da Sesap aos municípios também se dá por meio de capacitações na identificação de larvas do aedes aegypti, na operação dos sistemas de notificação, na realização do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) e reuniões técnicas realizadas nos municípios. Além disso, o Laboratório Central do RN (Lacen) está disponível para realização dos exames laboratoriais para a confirmação das arboviroses.
Sílvia Dinara ressalta a atuação da Sesap junto às vigilâncias dos municípios e nos serviços de saúde, reforçando a importância da notificação dos casos de arboviroses, quanto à investigação e encerramento dos casos. “Reforçamos sempre a participação da população, já que não existe vacina para as arboviroses no Sistema Único de Saúde, e o caminho é a prevenção, com cada um fazendo a sua parte. Estamos sempre divulgando nossos dados para auxiliar na tomada de decisões assertivas tanto no âmbito estadual ou municipal”, concluiu.
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