Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO
A história de uma cidade pode ser contada de várias formas. Uma delas é por meio da sua arquitetura, que reflete o valor cultural da cidade não apenas para os visitantes, como também para os próprios moradores que podem relembrar, dia a dia, a história local. A preservação dessa arquitetura é fundamental para que a história seja contada por gerações.
Pensando nisso, a Prefeitura de Mossoró, por meio da Secretaria Municipal de Administração, deu início nesta semana ao processo de tombamento de prédios da cidade que possuem anos de existência e contam muito sobre a história de Mossoró. Esse processo é feito por meio da Comissão de Proteção do Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico da cidade.
A Comissão publicou no Jornal Oficial do Município (JOM) notificações de tombamento de 20 prédios. Agora os proprietários têm um prazo até o dia 13 de julho para se manifestar. Após o prazo, a comissão vai dar prosseguimento ao processo legal de tombamento.
O processo prevê que, após o tombamento, o objeto tombado não pode sofrer alterações naquele traço arquitetônico. Mesmo com essa exigência, não significa que o local não possa ser reformado ou utilizado de alguma forma. Quando a comissão confirmar o tombamento ela terá que indicar especificamente o que será preservado, por exemplo: a fachada, uma coluna, um painel, etc.
Fazem parte da comissão que avalia cada prédio destes oito representantes titulares e oito suplentes. São cinco representantes de secretarias municipais (Administração, Governo, Cultura, Desenvolvimento Econômico, Infraestrutura), um representante da Câmara Municipal de Mossoró, um indicado pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e outro do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo).
Os 20 prédios que foram indicados para tombamento contam muito da história de Mossoró. Construídos no século passado, muitos deles ainda estão ativos e preservados, como é o caso do prédio da Liga Operária, onde funciona atualmente o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum). Constam na lista também a Mansão Catetinho, que está localizada em frente à Praça Bento Praxedes e abriga algumas lojas.
Na lista, constam ainda estruturas que sofreram com a ação do tempo e com a falta de manutenção, como o Aceu que atualmente é de propriedade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, do Casarão Antônio Ferreira Néo, localizado na Avenida Alberto Maranhão, ao lado do Palácio da Resistência, e da Capelinha do Hospital Duarte Filho, localizada em frente à Praça dos Hospitais.
Confira a lista com os 20 prédios que serão tombados, em Mossoró:
Mansão Catetinho - residência que foi do industrial Dix-neuft Rosado/Odete
Café Mossoró
Clube Aceu, no centro de Mossoró
Cine Pax - na Coronel Gurgel, centro de Mossoró
Casa Alípio Bandeira - Alto da Conceição
Liga Operária de Mossoró, ao lado da Estação das Artes Elizeu Ventania
Capelinha do Hospital Duarte Filho
Casarão de Dr. Leodécio Fernandes Néo, na Av, Alberto Maranhão, centro de Mossoró
Casarão Quinca de Cravo
Casa Dr. João Marcelino – Resebo
Casa Augusto Severo
Casarão Antônio Vieira Néo
Residência Benedito Veras Saldanha
Conservatório de Música Dalva Stella
Casarão Nogueira Sobrinho
Casarão da Guarda Civil
Casa Dr. Francisco Ramalho
Edifício Thier Rocha
Igreja do Bom Jesus
Casa Coronel Gurgel
Casa Rio Branco
Tags: