A semana começou com protesto de moradores do bairro Itapetinga na calçada do Palácio da Resistência – sede da Prefeitura de Mossoró. Na manhã desta segunda-feira, 4, um grupo de pessoas exigiu que a gestão municipal adote medida urgentes para minimizar os graves problemas que afetam a comunidade.
Com faixas, cartazes e carro de som, os moradores do Itapetinga pediram a presença do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade), mas não foram atendidos. O Gabinete sequer aceitou receber representantes do movimento.
Como não houve compromisso da gestão municipal para, pelo menos, ouvir as reclamações, os moradores decidiram que vão voltar a interditar a RN-117, saída para Governador Dix-sept Rosado, onde fica localizada a comunidade. No mês passado, a rodovia foi interditada pela população para chamar a atenção do prefeito (VEJA AQUI).
Os moradores reclamam de serviços essenciais que são negados pela Prefeitura de Mossoró. As principais reivindicações são o calçamento de ruas, posto de saúde e uma creche. O bairro Itapetinga existe há mais de 15 anos, localizado à margem da R$-117, e até hoje não conta com mínima estrutura.
“Estamos abandonados”, reclama o serralheiro Lucenildo Moura da Silva, ao apontar os graves problemas que afetam a vida de mais de 500 moradores. “Como a comunidade não tem calçamento, o acesso fica muito difícil e isso causa transtornos. Nós moradores também não temos posto de saúde, nem creche para os nossos filhos”, disse.
Para se ter ideia, quem reside no Itapetinga e preciso e socorro à saúde é obrigado a se deslocar até o bairro Bom Jesus para ser atendido e, para piorar, o atendimento e feito apenas em um dia da semana (terça-feira pela manhã). "Isso é um absurdo", desabafa.
Lucenildo lembr que na campanha eleitoral de 2020 uma equipe do candidato Allyson Bezerra esteve na comunidade, anotou as reivindicações e garantiu que Allyson, se fosse eleito, resolveria os problemas. Promessa feita, mas não cumprida até aqui. Quase 20 meses de gestão, Allyson não adotou qualquer providência para minizar o sofrimento dos moradores do Itapetinga.
Outras comunidades
O mesmo abandono, segundo Lucenildo, acontece em comunidades vizinhas. Ele cita Cidade Oeste e o Tropical Ville que não contam com creche, com posto de saúde, nem com outros serviços essenciais. “O mesmo é visto no sítio Estreito, que abrange o Itapetinga”, afirma.
A falta de atenção por parte da Prefeitura revolta os moradores. No protesto desta segunda-feira, uma moradora pediu a presença do prefeito através do carro de som. “Venha nos atender prefeito, cumprir as promessas de campanha, não se esconda”, disse a manifestante, para lembrar que “o mandato, senhor prefeito, só dura quatro anos, o senhor vai precisar de nós outra vez.”
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