Domingo, 19 de janeiro de 2025

Postado às 09h45 | 08 Jul 2022 | redação Região de Mossoró deve receber R$ 9 bilhões para setor petrolífero

Crédito da foto: Elisa Elsie / Assecom/RN Mossoró Oil & Gas foi encerrado nesta quinta-feira

Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO

Nesta quinta-feira, 7, ocorreu o encerramento do evento Mossoró Oil & Gas 2022, que reuniu grandes nomes do setor pretrolífero do Rio Grande do Norte e de todo o país. Durante o evento, Guilherme Eduardo Zerbinatti, representante do Ministério de Minas e Energia, informou que o Rio Grande do Norte receberá até R$ 9 bilhões em investimentos em ativos de petróleo e gás.

Do total previsto pelo Ministério de Minas e Energia, cerca de R$ 7 bilhões serão investidos pela 3R Petroleum. A petroleira é a operadora do Polo Macau e do Polo Areia Branca. No próximo ano, a empresa também assumirá o Polo Potiguar, após as concessões serem liberadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

“Com as medidas do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de estímulo ao desenvolvimento e produção de campos e acumulações de petróleo e gás natural, que apresentam economicidade marginal, a expectativa é de investimentos maiores, para a consolidação de um ambiente de negócios favorável aos investimentos no Brasil”, disse o representante do Ministério.

O CEO da 3R Petroleum, Ricardo Savini, falou sobre o efeito positivo a partir das recentes mudanças regulatórias no setor, que permitiram uma maior participação de empresas privadas no segmento onshore brasileiro. “O marco regulatório é a grande revolução do onshore brasileiro. A partir das novas regras estabelecidas, apostamos e estamos investindo na retomada do onshore aqui no estado, revitalizando poços maduros, planejando perfuração de novos poços e prevendo alcançar uma produção de 100 mil barris ao dia nos próximos anos”, ressaltou.

A expectativa é que, com a aplicação desses recursos no estado, a produção potiguar salte consideravelmente. Durante o painel “Onshore: Caminhos para um marco regulatório”, foi apresentada a expectativa de que a produção do Rio Grande do Norte alcance algo em torno de 100 mil barris de petróleo ao dia. Atualmente, o estado produz cerca de 30 mil barris por dia.

O painel foi mediado pela ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, e contou ainda com a participação do atual dirigente do órgão regulador, Rodolfo Saboia. A projeção é um reflexo do vasto potencial de exploração da bacia sedimentar do Rio Grande do Norte e de investimentos bilionários previstos para o setor por parte das operadoras independentes que assumiram os ativos antes operados pela Petrobras no estado.

Para o diretor Técnico do Sebrae RN, João Hélio Cavalcanti Júnior, o momento é ideal para a inserção de micro e pequenos negócios que integram a cadeia produtiva do petróleo. “É preciso saber aproveitar esse momento de retomada na produção e nos grandes investimentos para gerar oportunidades de negócios, para que micro e pequenos negócios sejam inseridos nesse processo, e que toda a cadeia produtiva do petróleo e gás seja fortalecida e saiba aproveitar esse novo e promissor momento”, enfatizou.

Por fim, o presidente da Redepetro RN, Gutemberg Dias, destacou o crescimento do tamanho da feira, que neste ano voltou ao formato 100% presencial. Segundo ele, a Mossoró Oil & Gas 2022 recebeu cerca de 3 mil participantes. Ele também frisou que o evento está ganhando contornos internacionais, com parceria firmada com o consulado do Canadá no Brasil e com alguns empresários canadenses.

“A retomada do setor, tendo o Rio Grande do Norte como protagonista, é uma realidade. Passou de perspectiva para algo concreto nos últimos anos, e o Mossoró Oil & Gas acompanhou essa evolução do setor de exploração e produção em terra. Hoje, nós conseguimos projetar Mossoró num cenário nacional e afirmar que somos a capital do onshose brasileiro”, finalizou.

 

Em três dias, evento discutiu várias temáticas voltadas para o mercado onshore

Em três dias de evento, o Mossoró Oil e Gas reuniu os principais atores da cadeia produtiva do petróleo e gás. Com uma programação diversificada, o evento ofertou ao público presente discussões sobre as tendências do mercado onshore brasileiro. Essas discussões foram encabeçadas por especialistas do setor, oriundos do Brasil e do exterior.

Entre os destaques que foram abordados no evento, estão: caminhos para um marco regulatório; midstream/downstream - oportunidades do onshore brasileiro; empoderamento feminino no onshore brasileiro; tecnologias aplicadas à recuperação em campos maduros; além de novas fronteiras de óleo e gás; perspectivas do mercado do gás no onshore; e poço transparente - desafios técnicos e regulatórios.

Paralelamente, ocorreu o III Simpósio de Petróleo e Gás do Onshore Brasileiro, realizado em parceria com a Ufersa, que reuniu profissionais, estudantes e pesquisadores da área de petróleo e gás, com ênfase em exploração onshore. O evento contou com a apresentação de trabalhos, plenárias e minicursos.

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