Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO
Nesta terça-feira, 12, foi anunciada a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de aprovar o fim da limitação ao número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. A partir dessa decisão, os planos terão que oferecer cobertura ilimitada aos pacientes com qualquer diagnóstico, dessas especialidades.
A reportagem do JORNAL DE FATO conversou com Arnon Dutra, presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas e TDAH de Mossoró e Região (AMOR), que falou sobre a importância dessa decisão para todos os usuários de planos de saúde. Ele destacou que as sessões ilimitadas são fundamentais para pacientes com qualquer diagnóstico.
“Essa decisão aprovada em reunião extraordinária ontem pela ANS acrescentou no sentido de que o fim do limite de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas passa a ser válido para pacientes com qualquer diagnóstico, de acordo com a indicação do médico assistente”, informou.
Apesar dessa medida não beneficiar especialmente as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), já que essa limitação foi suspensa para esses pacientes após a Resolução Normativa nº 469, ele explicou sobre a necessidade dessas especialidades médicas para o acompanhamento de crianças e adolescentes com autismo. No dia 1º de julho, a ANS já havia tornado obrigatória, para pacientes com transtornos globais do desenvolvimento, a cobertura de qualquer método ou técnica indicada pelo médico.
“A retirada dessa limitação do número de coberturas de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas é de suma importância para todos os usuários dos planos de saúde, especialmente para todas as famílias que têm indivíduos com autismo, haja vista que essas especialidades são fundamentais para a evolução prognóstica das pessoas com autismo, bem como proporciona que o tratamento terapêutico não sofra interrupção, trazendo, com isso, dignidade e melhores condições para as pessoas com autismo”, informou o presidente da Associação amor, que possui hoje aproximadamente 180 famílias associadas em Mossoró e na região.
Com a decisão, serão excluídas as diretrizes de utilização para consultas e sessões com esses tipos de profissionais. O atendimento passará a considerar a prescrição do médico do paciente. “A ideia foi promover a igualdade de direitos aos usuários da saúde suplementar e padronizar o formato dos procedimentos atualmente assegurados, relativos a essas categorias profissionais”, informa a ANS.
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