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Postado às 18h15 | 15 Jul 2022 | redação Infestação do Aedes aegypti cai e Mossoró volta ao risco médio

Crédito da foto: Arquivo Agente de endemias no trabalho de conscientização

Por Amina Costa / Repórter do JORNAL DE FATO

Os dados do terceiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) feito em Mossoró e divulgado nesta quinta-feira, 14, apontaram uma redução no índice de infestação predial do mosquito, que antes era de 4,1 e passou para 3,7. Com esse número, Mossoró volta a estar na zona de médio risco, já que a cada 100 imóveis do município, 3,7 têm criadouros do mosquito.

No último levantamento, apresentado no mês de maio, a segunda maior cidade do estado do Rio Grande do Norte tinha atingido o alto risco de infestação, com índice de 4,1. De acordo com Sandro Elias, diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão que é responsável pela realização da pesquisa, índices de 1,0 a 3,9 são considerados de médio risco e, acima de 4,0, de alto risco. Abaixo de 1,0 significa baixo índice de infestação.

“O último levantamento do CZZ apontou que o índice de infestação predial ficou em 3,7. Isso quer dizer que a cada 100 imóveis, três casas são positivas. Em cima desses dados intensificamos as ações dando prioridade, principalmente àqueles bairros que deram maior infestação”, informou Sandro Elias.

O índice de infestação registrado neste levantamento é o mesmo registrado durante a primeira coleta de dados do ano, publicada no mês de fevereiro. Na ocasião, os bairros com maior registro de criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus eram Planalto 13 de Maio, Paredões e Bom Jardim. Esses bairros apresentaram índice acima de 5,0.

No levantamento divulgado nesta terça-feira, os bairros com os maiores índices (acima de 5,0) são Paredões, Doze Anos, Alto da Conceição, Boa Vista, Bom Jesus, Santo Antônio e Planalto 13 de Maio. Já os que registraram abaixo de 1 são Centro, Santa Júlia, Costa e Silva, Nova Betânia e Itapetinga.

Até a semana passada, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte registrou 1.444 notificações para a dengue. Deste total, apenas 145 casos foram confirmados. Em relação à chikungunya, são 421 casos notificados e 114 confirmações. A última atualização também apontou 52 notificações para a zika e dois casos confirmados.

De acordo com as informações do diretor do Centro de Controle de Zoonoses, mais de 130 agentes de endemias ativos no município estão realizando o trabalho de combate ao mosquito da dengue e também orientando a população de como manter os cuidados para evitar criadouros do Aedes aegypti nas respectivas residências. Ele informa que o trabalho de combate ao mosquito da dengue é realizado durante todo o ano, independente de ser um período chuvoso ou não.

Explicou ainda que o estudo que aponta o índice de infestação predial (LIRAa) é feito a cada 90 dias. “Em cima desses resultados, intensificamos as ações a serem tomadas nos bairros e quarteirões. A atenção é redobrada durante o período de chuva, já que existe excesso de água exposta, fazendo com que o mosquito se prolifere. Nesse sentido o agente de endemias faz o trabalho de casa a casa”, informou.

“É primordial ainda que a população faça sua parte mantendo os cuidados de praxe, como, por exemplo, manter cobertos e protegidos os reservatórios de água. A nossa prioridade agora é mostrar esses índices, debater e discutir as ações que serão tomadas nos bairros e localidades para amenizar a situação com relação ao mosquito da dengue”, complementou o diretor do CCZ.

Por fim, Sandro Elias recomenda que quem tiver qualquer sintoma da doença que procure uma unidade de saúde mais próxima para que seja feita a notificação. “Todo o sintoma que a pessoa tiver com relação à dengue, chikungunya e zika, sendo febre, dor de cabeça, moleza no corpo, dor por trás dos olhos, procure uma unidade de saúde. Lá será feita uma notificação em cima desse procedimento. Então, com o resultado em mãos tomaremos as medidas necessárias”, conclui.

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