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Postado às 20h45 | 23 Jul 2022 | redação Feira da Uern objetiva fortalecer a agricultura familiar na região

Crédito da foto: Reprodução Campus Central da Uern, em Mossoró

Todas as quintas-feiras, o Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) é sede da comercialização de produtos agroecológicos da agricultura familiar de Mossoró, na tradicional Feira da Uern. Frutas, verduras, legumes, mel e doces caseiros fazem parte da variedade de produtos disponibilizados pelos pequenos produtores.

A Feira da Uern acontece toda semana pela manhã, com a presença de agricultores da Aprofam e da Cooperativa de Comercialização Solidária Xique Xique (Cooperxique), que beneficiam dezenas de famílias de comunidades rurais nos arredores de Mossoró. Além disso, o espaço também conta com a participação de agriculturas do grupo Mulheres em Ação.

Bem mais do que se vê nas banquinhas de madeiras, os benefícios da Feira da Uern vão muito além da oportunidade de comercialização dos itens produzidos pela agricultura familiar. “A feira é um momento de troca e conversa que traz benefícios mútuos para a comunidade acadêmica e para os pequenos produtores”, observa a assessora de Transparência e Governança da Uern, Jéssica Figueiredo.

Ela destaca que a Feira na Uern possibilita uma troca virtuosa entre os envolvidos. “A presença da Feira é um elo entre a Universidade e a comunidade externa. Para os produtores, é uma oportunidade de geração de renda, e para a comunidade acadêmica é uma possibilidade de ter à disposição alimentos saudáveis e de qualidade dentro do campus, facilitando o acesso a esses alimentos”, declara.

Outro benefício é que os pequenos produtores estão dentro da Universidade em contato com mestres e doutores das mais diversas áreas do conhecimento, pessoas que podem colaborar na biologia, gestão ambiental, computação, marketing, entre outros. Ao mesmo tempo em que possibilita que a Universidade chegue às áreas rurais com ensino, pesquisa e extensão de qualidade para essas famílias. “É uma oportunidade da Uern receber esses pequenos agricultores e também de pensar juntos, através de nossos pesquisadores e alunos, soluções para que esses produtores possam superar as dificuldades e melhorar a sua produção”, frisa Jéssica Figueiredo.

Para os agricultores, a Feira da Uern é uma oportunidade não só de vender seus produtos, mas também ganhar mais visibilidade. “É bom porque o cliente vem e às vezes já pega o contato da gente, já pede um produto pra próxima semana, aproveita pra saber o que a gente vai trazer depois”, conta o agricultor Edilson Rodrigues.

Conforme a presidente da Associação dos Produtores Orgânicos Familiares de Mossoró (Aprofam), Luana Clementino, outro benefício da feira é o contato direto entre os agricultores e a comunidade acadêmica. “Acaba sendo uma troca de experiências muito importante, principalmente nesse período de retomada por conta da pandemia. Esse contato direto traz tanto mais conhecimento quanto também mais visibilidade para os agricultores”, frisa Luana.

 

 Feira da Uern está alinhada às ações da Agenda 2030

As ações da Feira da Uern estão alinhadas ao trabalho desenvolvido pela Universidade em conformidade com a agenda 2030.  “A gente acredita na agricultura familiar como um dos pilares para atingir vários pontos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como a erradicação da pobreza, fome zero, o fortalecimento da igualdade de gênero”, diz a assessora.

Nesse sentido, a Universidade tem o intuito de fortalecer ainda mais da Feira de produtos orgânicos, para que ela cresça e possa se expandir para os demais campi. “Dentro dessa proposta, fomos às terras dos produtores ver como são produzidos os itens, o que acontece até chegar aqui. É muito importante esse acompanhamento para que possamos dar uma dimensão ainda maior da feira, para que mais produtores venham e tenham mais produtos para serem comercializados”, observa Jéssica Figueiredo, destacando que o objetivo maior é que a Feira cresça.

Dentro da proposta de crescimento, a ideia é levar a Feira para os demais campi da Universidade por meio de uma parceria com a Emater. “Na Semana do Meio Ambiente, tivemos a Feirinha em Caicó e Pau dos Ferros. A proposta é ampliar para que se torne permanente nos demais campi”, revela Jéssica Figueiredo.

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