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Postado às 08h45 | 12 Ago 2022 | redação Diretoria da Sintrocern é acusada de tentar aliciar trabalhadores de Mossoró

Crédito da foto: Jornal de Fato Sindicalistas Francisco de Assis e Arão Batista fizeram denúncia contra o Sintrocern

Por Jornal de Fato

A direção do Sindicato das Empresas de Transportes e Cargas e Logística do Rio Grande do Norte (SINTROCERN) está sendo acusada de tentativa de aliciamento dos trabalhadores da área com a atuação em Mossoró. A prática, segundo a denúncia, é feita usando a data base da categoria, com promessa de ganhos em direitos e de acordos diretos com a classe patronal.

Quem faz a denúncia é o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Mossoró (STTRM), Francisco de Assis de Medeiros, que tem recebido informações de associados sobre a ofensiva de dirigentes do Sintrocern. Segundo Francisco de Assis, a entidade que é sediada em Natal quer “invadir” a área de Mossoró, que desde 1989 é defendida pelo sindicato local, devidamente reconhecida pela Justiça do Trabalho e pela classe patronal.

O sindicalista conta que o Sintrocern se apresenta como representante de todo o Rio Grande do Norte para convencer os trabalhadores de Mossoró a aderirem ao sindicato. Ele diz que o presidente da entidade sediada em Natal, conhecido como “Edson Negrão”, tem procurado os filiados do STTRM para oferecer vantagens. “Ele está tentando aliciar os nossos filiados prometendo acordos coletivos mais vantajosos, tirando proveito que a data base em Natal é o mês de maio, enquanto a nossa, em Mossoró, é negociada em agosto com vigência a partir de setembro”, disse Francisco de Assis.

O intervalo de três meses, entre maio e agosto, é usado pela diretoria do Sintrocern para apresentar vantagem entre o acordo coletivo negociado em Natal em relação ao de Mossoró. O piso da categoria atendida pelo Sintrocern, por exemplo, fica um pouco maior somente nesses três. “Mas, isso é só ilusão. Os nossos sindicalizados têm sido atendidos nos acordos coletivos que o nosso sindicato negocia e assina desde 1989, além da assistência permanente que a entidade oferece”, afirma o presidente do STTRM.

Francisco de Assis, que estava acompanhado do tesoureiro do STTRM, Arão Batista de Lucena, assegura que o sindicato de Mossoró não vai permitir qualquer dano contra a categoria e as empresas do setor. “O nosso jurídico está orientado a tomar as devidas providências. Eles vão responder juridicamente, caso venham provocar prejuízos a nossa categoria.”

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Mossoró conta com mais de 500 filiados, mas apenas 50% estão com as suas obrigações em dia. A inadimplência é consequência do período da pandemia, quando muitos profissionais ficam desempregados.

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