Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024

Postado às 09h15 | 07 Out 2022 | redação Mossoró completa 21 dias seguidos sem registro de casos da varíola dos macacos

Crédito da foto: Dado Ruvic / Agência Brasil / Reuters Testes para varíola dos macacos

Por Edinaldo Moreno / Repórter do JORNAL DE FATO

O boletim mais recente do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Rio Grande do Norte (CIEVS/RN) mostrou que Mossoró tem três casos confirmados de Monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, e 12 casos descartados da doença.

De acordo com os boletins epidemiológicos publicados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), faz 21 dias seguidos que a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte continua com o mesmo número de pessoas infectadas pelo vírus. A alteração de 2 para 3 ocorreu no início da segunda quinzena de setembro.

Em 14 do mês passado, Mossoró somava dois casos. No dia seguinte passou para três, o mesmo número do último boletim. Os três boletins publicados neste mês de outubro traz a informação de que a cidade não tem nenhum caso suspeito de varíola dos macacos.

O primeiro caso confirmado na cidade aconteceu no início de agosto. Já o segundo ocorreu na segunda quinzena do mesmo mês e o terceiro, como já destacado, foi confirmado no dia 15 do mês passado.

RIO GRANDE DO NORTE

O boletim do último dia 5 aponta que o Rio Grande do Norte passou dos 90 casos positivos da doença. O documento informou que o RN contabiliza 93 casos, sendo deste total, 75 em homens e 18 em mulheres.

A faixa etária com o maior número de casos é a de 30 a 39 anos. Ela tem 32 casos confirmados. Na sequência vêm a entre 20 a 29 anos (25 casos) e a de 40 a 49 anos (15 casos). Dos 93 casos, 18 deles foram registrados em pessoas de 0 a 19 anos. São oito casos entre a faixa etária de 11 a 19 anos e cinco entre crianças de 0 a 11 anos.

Além dos três casos confirmados em Mossoró, os municípios potiguares com casos da doença são: Natal (58), Parnamirim (15), Extremoz (3), São Gonçalo do Amarante (3), Caicó (2), Jandaíra (2), Parelhas (2), Doutor Severiano (1), Equador (1), Espírito Santo (1), Goianinha (1) e Serra Negra do Norte (1).

Já as cidades com casos suspeitos são: Natal (14), Jandaíra (8), Parnamirim (8), Caicó (7), São Gonçalo do Amarante (4), Canguaretama (2), Extremoz (2), Bom Jesus (1), Nísia Floresta (1), Parelhas (1), Pedro Velho (1), Poço Branco (1) e Riachuelo (1), além de 1 de Portugal computado para o RN. Há no momento 11 casos prováveis.

ALERTA

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) emitiu uma Nota Informativa sobre as medidas que deveriam ser adotadas ao se diagnosticar um caso suspeito ou confirmado de monkeypox no final do mês passado. As informações são voltadas a profissionais de saúde e à população em geral.

A pasta destacava que era de fundamental importância informar a população em geral de que a monkeypox pode se espalhar para qualquer pessoa por meio de contato próximo, pessoal. O órgão de saúde estadual explica também que várias medidas podem ser adotadas para evitar a contaminação, como higienizar com frequência as mãos com álcool 70% ou com água e sabão, evitar contato próximo com pessoas que possam apresentar quadro clínico compatível, evitar compartilhamento de objetos, incluindo roupas de cama e toalhas, e reduzir o número de parceiros sexuais nesse momento.

Ainda segundo a Sesap, toda pessoa que apresente quadro clínico suspeito de monkeypox deve manter isolamento e evitar compartilhar objetos de uso pessoal, até que seja excluída a suspeita, ou até que as lesões tenham desaparecido por completo. As pessoas que tiveram contato com pessoas contaminadas devem ficar alertas aos sintomas para que possam ser diagnosticadas e isoladas.

TRANSMISSÃO E SINTOMAS

A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com um animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus. A transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias.

O período de incubação da varíola dos macacos pode variar de 5 a 21 dias. O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias com sintomas que incluem febre, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos), dor nas costas, mialgia (dor muscular) e astenia intensa (falta de energia).

O estágio febril é seguido pelo estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas. As lesões evoluem de máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões dolorosas firmes elevadas).

Tags:

Mossoró
varíola dos macados
saúde

voltar