Maior número de casos confirmados em Mossoró foi para dengue. A cidade teve, até aquela data, 487 confirmações para a doença. Houve ainda 596 casos prováveis. A incidência da doença no município chegou a 196,19 para grupo de 100 mil habitantes
Por Edinaldo Moreno / Repórter do JORNAL DE FATO
Nesta sexta-feira (14), a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) publicou o mais recente boletim epidemiológico das arbovirores (dengue, chikungunya e zika). Os dados de todos os 167 municípios potiguares são referentes às Semanas Epidemiológicas de 1 a 38, com término em 24 de setembro de 2022.
De acordo com o último documento da pasta estadual, Mossoró registrou no período 860 casos de arboviroses. O maior número de casos confirmados foi para dengue. A cidade teve, até aquela data, 487 confirmações para a doença. Houve ainda 596 casos prováveis. A incidência da doença no município chegou a 196,19 para grupo de 100 mil habitantes.
Já o número de casos confirmados para chikungunya ficou em 359. Os casos prováveis somaram 447. A incidência de casos no período na segunda maior cidade potiguar ficou em 147,14 também para o mesmo quantitativo de habitantes. Os casos de Zika Vírus no período contabilizam 14 confirmados e 41 prováveis, com incidência de 1.987,4 para cada 100 mil habitantes.
As arboviroses são doenças reemergentes, transmitidas por vetores como Aedes aegypti, que dada à sua capacidade, podem transmitir uma série de agentes infecciosos virais. Existem muitas doenças transmitidas por vetores no Brasil e no Rio Grande do Norte, dentre estas se destacam a Dengue, Chikungunya e Zika.
Os sintomas iniciais das arboviroses podem ser semelhantes e clinicamente inespecíficos, sendo imprescindível observar a diferenciação dos sintomas para que se possa conduzir o tratamento do caso de forma adequada. Os sintomas e sinais são: febre, manchas na pele, dor nos músculos, dor na articulação, intensidade da dor articular, edema da articulação, conjuntivite, dor de cabeça (intensidade), coceira, hipertrofia ganglionar, discrasia hemorrágica e acometimento neurológico.
RIO GRANDE DO NORTE
Em 2022, houve 30 casos confirmados de Zika Vírus em gestantes por critério laboratorial, segundo o mais recente boletim epidemiológico das arboviroses no RN, referente ao período compreendido entre a Semana Epidemiológica 1 até a 38, encerrada em 24 de setembro de 2022.
Neste ano, foram notificados 10 casos de microcefalia, tendo sido um caso testado e confirmado laboratorialmente como decorrência do Zika Vírus durante o período gestacional. Em 2021, houve 7 notificações de microcefalia e nenhuma confirmação quanto à relação com o Zika Vírus. Já em 2020, foram notificados 14 casos de microcefalia, com uma confirmação laboratorial para Zika Vírus e 3 casos negativos.
No que diz respeito à Zika, de uma forma geral, até a Semana Epidemiológica 38, foram notificados 7.481 casos da doença, sendo confirmados 561 casos, 4.254 casos considerados prováveis, 3.227 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 119,46 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Quanto à dengue foram notificados, nesse mesmo período, 51.290 casos no RN, dos quais 9.985 foram confirmados, 40.139 casos considerados prováveis, 11.151 descartados, 12 óbitos confirmados e 6 em processo de investigação. A incidência apresentada foi de 1127,21 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Com relação à Chikungunya, foram notificados no estado, até a Semana Epidemiológica 38, 18.269 casos da doença, sendo confirmados 3.986 casos, 14.023 casos considerados prováveis, 4.246 descartados e 4 óbitos confirmados. A incidência foi de 393,80 casos prováveis por 100.000 habitantes.
"A curva das notificações das arboviroses teve uma queda considerável, porém elas permanecem sendo registradas. O aumento de casos ocorreu no período epidêmico de novembro a maio, com destaque para as semanas epidemiológicas 22 e 23, e desde então os números vêm diminuindo. Este ano o período de chuvas foi prolongado, o que pode ter sido um dos fatores para a intensidade das notificações, já que as águas acumuladas favorecem a proliferação do Aedes Aegypti", explicou Sílvia Dinara.
A técnica destacou também a ocorrência de três sorotipos de dengue em circulação no estado, o que contribui para a relação dos óbitos com a predominância do sorotipo 2, que desenvolve formas mais graves da doença.
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