Recenseador do IBGE faz entrevista
Por Edinaldo Moreno / Repórter do JORNAL DE FATO
Antes estimado para ser divulgado entre o fim de fevereiro e início de março deste ano, o resultado definitivo da população, com base nos dados coletados no Censo Demográfico 2022, foi adiado para abril. É o que afirma o coordenador de Área do Censo Demográfico 2022 em Mossoró, Hidelbrando Mota.
A prévia da população dos municípios divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim do ano passado apontou que o número de habitantes na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte reduziu em relação à estimativa de 2020.
Na oportunidade, o órgão informou que Mossoró contabilizava 264.181 habitantes. A estimativa oficial publicado em julho de 2020 apontava o total de 300.618. Esse número é prévio e que deverá ter alteração em muitas cidades, inclusive em Mossoró, mas afirma ainda que embora haja mudança, ela não será muito significativa.
Hildebrando Mota destacou que a coleta dos dados pelos recenseadores em todo o território potiguar está encerrada. “A coleta dos dados já está encerrada, entretanto, neste momento, nós estamos fazendo um trabalho de supervisão para que a qualidade do resultado que nós vamos apresentar seja a melhor possível”, disse o coordenador que explica como é realizado esse trabalho.
“Estamos procurando falhas de cobertura, ou seja, se algum domicílio não foi visitado. Por isso que é importante fazermos essa procura de falha na cobertura. Ela é feita para garantir que a qualidade do questionário está boa. Essa verificação de qualidade está sendo feita em todos os municípios potiguares”.
O número de unidades visitadas em Mossoró chegou a 142.007, sendo que deste total 123.308 eram domicílios entre ocupados e não ocupados. O total de ocupados era por volta de 92 mil.
CENSO DEMOGRÁFICO
O Censo Demográfico é a única pesquisa que vai à casa de todos os brasileiros. De acordo com o IBGE, o objetivo não é apenas a contagem da população, mas coletar dados essenciais sobre educação, condições de moradia, cor ou raça, trabalho e renda e outros temas. Os resultados são apresentados, por exemplo, em nível municipal e de bairro. Dessa forma, é possível observar como o perfil da população e as suas necessidades mudam no decorrer do tempo.
Os resultados podem orientar gestores de políticas públicas, guiar a tomada de decisão em negócios e servir de instrumento para o exercício da cidadania por qualquer brasileiro (a). Além disso, o Censo é fundamental para calibrar as amostras das demais pesquisas domiciliares do IBGE e fornecer insumos a institutos de pesquisa independentes e a acadêmicos.
A Divisão de Estatística das Nações Unidas (ONU) recomenda a realização de censos em países como o Brasil, já que ainda não atingiram maturidade na gestão de registros administrativos capazes de substituir um censo.
Rio Grande do Norte teve uma das menores taxas de recusa do país
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que trabalhou para reduzir a taxa de recusa para finalizar o Censo Demográfico 2022. De acordo com o órgão, em todo o país a taxa média foi de 2,43%. O Rio Grande do Norte registrou uma das menores entre todos estados da Unidade.
O mais recente balanço publicado pelo IBGE apontou índice de 1,04%. Esta taxa é a quarta menor. Ficou atrás somente da Paraíba (0,95%), Amazonas (1,02%) e Piauí (1,04%). Em São Paulo, líder do ranking entre os estados, o percentual dos que se recusam a responder é de 4,49%. Mato Grosso é o segundo estado com maior percentual de recusas no país (3,38%), seguido pelo Rio de Janeiro (3,21%).
A média de morador ausente no Brasil é de 4,62%. Entre as Unidades da Federação, Mato Grosso tem a maior média de moradores ausentes (14,04%), seguido por Espírito Santo (9,58%) e São Paulo (8,04%). O Rio Grande do Norte registrou taxa de 1,31%.
Até 31 de janeiro deste ano, foram recenseadas, segundo o IBGE, 185.827.709 pessoas, em 65.657.749 domicílios no país. Isso representava cerca de 89,45% da população total, de acordo com o resultado prévio do Censo (207,8 milhões de pessoas).
A cobertura completa dos setores censitários foi praticamente toda concluída em janeiro de 2023. Em fevereiro e março, permanecerá em andamento o processo de revisão, controle de qualidade e apuração do Censo, com tentativas de reversão de recusas, revisitas a domicílios com morador ausente para realização de entrevistas, além de verificação de domicílios vagos, de uso ocasional, possíveis duplicidades e omissões e preparação para divulgação.
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