Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024

Postado às 09h00 | 28 Fev 2023 | redação Greve dos professores: mais de 7 mil alunos da rede municipal estão sem aula em Mossoró

Greve dos professores da rede municipal foi iniciada no dia 23, em virtude da falta de proposta por parte da gestão do município para o pagamento do reajuste do piso salarial do magistério, que é de 14,95%. Prefeito não garante que cumprirá novo piso

Crédito da foto: Jornal de Fato Professores distribuiram pnafleto da cidade educação emgreve

Por Amina Costa / repórter do JORNAL DE FATO

Em mais um dia de greve dos professores da rede municipal de ensino, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) realizou atos no centro de Mossoró, na manhã desta segunda-feira, 27. O objetivo foi informar à sociedade mossoroense os motivos pelos quais a categoria está em greve.

A greve dos professores efetivos da rede municipal foi iniciada no dia 23 de fevereiro, em virtude da falta de proposta por parte da gestão do município para o pagamento do reajuste do piso salarial do magistério, que é de 14,95%. As negociações em relação a esse pagamento ainda não foram iniciadas no âmbito municipal.

Com gritos de guerra de “respeite o meu direito” e exibindo faixas informando que os professores estão sendo desvalorizados, a categoria saiu em caminhada da sede do sindicato e se dirigiu até o centro da cidade. Foram distribuídos panfletos para motoristas e pedestres que passavam pelo local. De acordo com o próprio sindicato, foi dado o recado à sociedade de que a luta dos professores municipais é válida e justa.

A assessoria do Sindiserpum informou à reportagem do JORNAL DE FATO que os professores viram no ato ocorrido nesta segunda-feira que a sociedade apoia a luta e o movimento dos professores. Além disso, informou que a adesão de novos professores é cada vez maior e que a greve vem surpreendendo o próprio sindicato.

“A greve está surpreendendo, muitas adesões. Então, apesar de termos mais de 7 mil alunos sem aula, temos um sentimento de que a nossa luta é válida e justa. Hoje vimos que a sociedade apoia o movimento, tem empatia e agora é aguardar o que virá desta reunião do dia 1° de março”, informou a assessoria do Sindiserpum.

A reunião que ocorre amanhã, 1º de março, estava prevista para acontecer desde o dia 15 de fevereiro, quando membros do sindicato se reuniram com a secretária de Educação, Hubeônia Alencar, e outros representantes. Na ocasião, nenhuma proposta foi apresentada pela Secretaria, já que foi argumentada a necessidade de analisar o orçamento do município junto com as Secretarias de Finanças e Planejamento, Orçamento e Gestão.

A expectativa é de que, nessa quarta-feira, seja apresentada a proposta para pagamento do piso dos professores por parte da gestão do prefeito Allyson Bezerra. O sindicato enfatiza que a categoria não aceitará pagamentos parcelados, conforme ocorreu com o reajuste de 2022, no qual vem sendo pago em sete parcelas no decorrer de 1 ano e cinco meses (a última parcela será paga em novembro deste ano).

O sindicato reforça que o movimento grevista é legítimo e ocorre para que direitos sejam garantidos para a categoria. “Tudo o que nós, servidores públicos, conseguimos até agora foi depois de muita luta. Estamos lutando mais uma vez para que os nossos direitos sejam respeitados e garantidos pela gestão municipal”, informou a presidente do Sindiserpum, Eliete Vieira.

Após a movimentação ocorrida no centro de Mossoró, o comando de greve do sindicato recebeu a visita do professor Neto Vale, presidente da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), que elogiou o movimento e as ações que vêm sendo tomadas pelo sindicato.

“A diretoria da Aduern, na pessoa do seu presidente Neto Vale e do tesoureiro Gautier Falconieri, estiveram hoje prestando solidariedade aos professores municipais de Mossoró e ao movimento de greve conduzido pelo Sindiserpum. Obrigado aos companheiros pelo apoio, juntos somos mais fortes!”, agradeceu o sindicato.

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