Greve dos professores da rede municipal foi iniciada no dia 23, em virtude da falta de proposta por parte da gestão do município para o pagamento do reajuste do piso salarial do magistério, que é de 14,95%. Prefeito não garante que cumprirá novo piso
Por Amina Costa / repórter do JORNAL DE FATO
Em mais um dia de greve dos professores da rede municipal de ensino, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) realizou atos no centro de Mossoró, na manhã desta segunda-feira, 27. O objetivo foi informar à sociedade mossoroense os motivos pelos quais a categoria está em greve.
A greve dos professores efetivos da rede municipal foi iniciada no dia 23 de fevereiro, em virtude da falta de proposta por parte da gestão do município para o pagamento do reajuste do piso salarial do magistério, que é de 14,95%. As negociações em relação a esse pagamento ainda não foram iniciadas no âmbito municipal.
Com gritos de guerra de “respeite o meu direito” e exibindo faixas informando que os professores estão sendo desvalorizados, a categoria saiu em caminhada da sede do sindicato e se dirigiu até o centro da cidade. Foram distribuídos panfletos para motoristas e pedestres que passavam pelo local. De acordo com o próprio sindicato, foi dado o recado à sociedade de que a luta dos professores municipais é válida e justa.
A assessoria do Sindiserpum informou à reportagem do JORNAL DE FATO que os professores viram no ato ocorrido nesta segunda-feira que a sociedade apoia a luta e o movimento dos professores. Além disso, informou que a adesão de novos professores é cada vez maior e que a greve vem surpreendendo o próprio sindicato.
“A greve está surpreendendo, muitas adesões. Então, apesar de termos mais de 7 mil alunos sem aula, temos um sentimento de que a nossa luta é válida e justa. Hoje vimos que a sociedade apoia o movimento, tem empatia e agora é aguardar o que virá desta reunião do dia 1° de março”, informou a assessoria do Sindiserpum.
A reunião que ocorre amanhã, 1º de março, estava prevista para acontecer desde o dia 15 de fevereiro, quando membros do sindicato se reuniram com a secretária de Educação, Hubeônia Alencar, e outros representantes. Na ocasião, nenhuma proposta foi apresentada pela Secretaria, já que foi argumentada a necessidade de analisar o orçamento do município junto com as Secretarias de Finanças e Planejamento, Orçamento e Gestão.
A expectativa é de que, nessa quarta-feira, seja apresentada a proposta para pagamento do piso dos professores por parte da gestão do prefeito Allyson Bezerra. O sindicato enfatiza que a categoria não aceitará pagamentos parcelados, conforme ocorreu com o reajuste de 2022, no qual vem sendo pago em sete parcelas no decorrer de 1 ano e cinco meses (a última parcela será paga em novembro deste ano).
O sindicato reforça que o movimento grevista é legítimo e ocorre para que direitos sejam garantidos para a categoria. “Tudo o que nós, servidores públicos, conseguimos até agora foi depois de muita luta. Estamos lutando mais uma vez para que os nossos direitos sejam respeitados e garantidos pela gestão municipal”, informou a presidente do Sindiserpum, Eliete Vieira.
Após a movimentação ocorrida no centro de Mossoró, o comando de greve do sindicato recebeu a visita do professor Neto Vale, presidente da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), que elogiou o movimento e as ações que vêm sendo tomadas pelo sindicato.
“A diretoria da Aduern, na pessoa do seu presidente Neto Vale e do tesoureiro Gautier Falconieri, estiveram hoje prestando solidariedade aos professores municipais de Mossoró e ao movimento de greve conduzido pelo Sindiserpum. Obrigado aos companheiros pelo apoio, juntos somos mais fortes!”, agradeceu o sindicato.
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